Um coro de 350 mil pessoas e o sonoro “Fora Temer” na Avenida Paulista. Vozes de professores e estudantes; bancários, metalúrgicos e metroviários; militantes de movimentos sociais e donas de casa; aposentados e profissionais de diversas categorias. Centrais sindicais, partidos políticos e entidades do movimento social construíram unitariamente o Dia nacional de Paralisação. Objetivos: unir muita força para barrar o retrocesso do golpista Michel Temer e defender as conquistas. Sinta o clima.
A deputada Alice Portugal (BA), lider do PCdoB conclama os trabalhadores e as trabalhadoras, estudantes, dona de casa e todo o povo brasileiro a irem às ruas em defesa da previdência social ameaça de extermínio pela proposta encaminhada ao Congresso Nacional pelo governo golpista. Alice enfatizou o absurdo de fixar a idade mínima em 65 anos, destacando os casos dos trabalhadores rurais e da construção. "Precisamos dizer não a esta reforma da previdência", afirmou a deputada.
A sambista e deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP) enviou um "chamado aos guerreiros e guerreiras para a grande manifestação nacional para derrotar os ataques aos direitos do povo". Leci afirmou ainda que "querem derrotar todas os nossos avanços, mas é o seguinte: a aposentadoria fica, eles é que têm de sair" e foi enfática: " vamos pras ruas na quarta-feira, dia 15 de março".
Ao conclamar trabalhadores e o povo a participar do Dia Nacional de Mobilização contra a reforma da Previdência, na quarta-feira (15), a deputada federal Jandira Feghali definiu a data como “um grande momento na luta contra a reforma da Previdência, a agenda regressiva de Temer e a retirada de direitos”. Jandira destacou ainda a ação unitária das nove centrais sindicais para construirem um grande dia de luta. Para ela, o impacto da mobilização no Congresso Nacional deverá ser grande.
“A PEC 287 vai liquidar com o direito à aposentadoria dos trabalhadores”, enfatizou Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal). Na opinião do dirigente, trabalhadores e trabalhadoras devem ir às ruas expressar o repúdio à reforma proposta por Michel Temer.
A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos (PE), conclama a militância, os trabalhadores e o povo brasileiro para a grande jornada de lutas em defesa dos direitos sociais e contra o desmonte do Estado brasileiro promovido pelo governo golpista. Deputada federal, Luciana afirma que, para além da luta parlamentar, “precisamos garantir gente na rua, o povo” para barrar a reforma da Previdência e a trabalhista, que atingem conquistas dos trabalhadores obtidas há muitas décadas.
"Os estudantes tem que se unir com os trabalhadores pra poder barra essa reforma da Previdência que vem claramente prejudicar a juventude e toda a classe trabalhadora. Então pra o dia 15 de março eu espero vocês nas ruas lutando junto com a gente", convocou a secundarista de Curitiba, Ana Júlia Ribeiro. Confira abaixo a convocação. Em 2016 Ana Julia ficou conhecida pela atuação nas ocupações dos estudantes contra a reforma do Ensino Médio de Michel Temer.
A partir do questionamento sobre a necessidade ou não das mulheres terem direitos iguais ao homens, a deputada estadual Manuela D‘Ávila (PCdoB-RS) falou em vídeo sobre o porquê do 8 de Março como Dia Internacional da Mulher e da luta feminista. Manuela debate questões como violência contra a mulher, direitos políticos, educação machista e trabalho. Com humor e criatividade, a deputada comunista discute esses temas que estão no centro da lutas das mulheres.
Os tempos não são normais. Nem no Brasil e nem no mundo. A resistência das Mães da Praça de Maio voltou à cena com a chegada de Macri à presidência argentina. Também no Brasil as lutas das mulheres se agigantam pós-golpe de Temer que depôs a presidenta eleita Dilma Rousseff. A música A Louca (Maurício Tapajós e Aldir Blanc) originalmente feita para o movimento argentino, cai como uma luva para o Brasil de hoje. Na voz da cantora paraense Railídia, uma homenagem do Portal Vermelho ao 8 de março.
O Portal Vermelho relembra uma das raríssimas aparições na TV da escritora e pensadora Simone de Beauvoir, de 1975. Simone, que jogou um papel histórico na evolução das ideias, reflete sobre suas teses 25 anos após o lançamento da sua obra O segundo sexo. Na entrevista, ela explica sua célebre frase: N“inguém nasce mulher: torna-se mulher”. “Ser mulher não é um dado natural, mas o resultado de uma história. Foi uma história que a fez”, esclarece. Assista a íntegra abaixo:
A secretária nacional de mulheres do PCdoB Liége Rocha afirmou que para seu partido o protagonismo das mulheres é fator preponderante para as transformações que o Brasil necessita. Neste sentido, as comunistas defenderão, neste 8 de março, a democracia, a Constituição e os diretos das mulheres postos em risco pelas reformas trabalhista e previdenciária. Para Liége, a verdadeira democracia só será conquistada quando for superada a sub-representanção das mulheres nos espaços de poder.
Em mensagem ao Dia Internacional da Mulher, a presidenta do PCdoB, Luciana Santos, destacou a data como uma reverência à luta por conquistas e direitos. Para a deputada, este ano a data ganha maior importância em função da ameaça representada pelas reformas da Previdência e trabalhista aos avanços obtidos pelas mulheres. Por isto, segundo ela, as mulheres devem ir às ruas, junto com os trabalhadores, para garantir que não lhes sejam retirados direitos.