Dia Mundial da Saúde: manifestantes nas ruas pelo SUS

Na luta pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e sob o lema “Todos juntos na defesa da saúde para todos”, milhares de manifestantes foram às ruas nesta sexta-feira, 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. O movimento apóia a regulamentaç&at

Faixas, bandeiras e cartazes reforçaram as manifestações. A luta é para pôr em prática os princípios do SUS — atendimento digno, universal e descentralizado à população. Na Praça Ramos, em São Paulo, o presidente da CUT, João Felício, afirmou que as mobilizações procuram pressionar o Congresso Nacional. “Saúde é o nosso maior bem. Não é mercadoria, como pensam e agem os neoliberais com sua política de precarização e privatização dos serviços”, sustentou Felício.

A Emenda 29 pode entrar na pauta do Congresso na terça-feira, dia 11. “Para além da vinculação de verbas para o setor, queremos que seja definido legalmente o que pode ser considerado investimento em saúde”, reforçou o presidente da CUT. “Se a educação cuida da cabeça, a saúde cuida do corpo todo — e é preciso que tenha um percentual dos diferentes orçamentos claramente definido, para não levarmos chapéu de governo algum que maquie os gastos.”

O ato na Praça Ramos, realizado na manhã de hoje, foi convocado pela Plenária Municipal da Saúde. Além da CUT, estavam presentes dirigentes dos sindicatos da Saúde, dos Médicos, Enfermeiros, Psicólogos, Servidores Públicos Municipais, da Associação dos Odontólogos e da União dos Movimentos Populares de Saúde.

Benedito Augusto de Oliveira, do Conselho Estadual de Saúde, denunciou o caos provocado pelas chamadas “Organizações Sociais (OS)” implementadas pelos tucanos no Estado. Segundo ele, tais núcleos “atendem quem e como querem, gastam muito mais e sobrecarregam os hospitais públicos”. Oliveira enfatizou a necessidade de fortalecer o SUS e de dizer “não” às OS. “Queremos qualidade no atendimento com controle social e participação. Lutamos pela regulamentação da Emenda 29, para que nenhum salafrário venha meter a mão no dinheiro público”, afirmou.

Também para Leandro de Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo, o PSDB sucateou a saúde paulistana. As OS — disse Leandro de Oliveira — significam “precarização, privatização, desmonte e exclusão dos trabalhadores e usuários do sistema. Levantamos nossa voz em defesa do SUS e da vinculação constitucional de recursos para garantir a melhoria das condições de trabalho e de atendimento à população”.

Com Leonardo Severo (www.cut.org.br)