Resultados finais dão vitória à coligação socialista na Hungria

A coligação de socialistas e liberais que está no poder na Hungria venceu o primeiro turno das eleições legislativas, de acordo com os resultados finais divulgados hoje.
O Partido Socialista (MSZP), do primeiro-ministro F

A coligação de socialistas e liberais que está no poder na Hungria venceu o primeiro turno das eleições legislativas, de acordo com os resultados finais divulgados hoje pela Comissão Nacional de Eleições local.

O Partido Socialista (MSZP), do primeiro-ministro Ferenc Gyurcsany e os seus aliados liberais do SDSZ obtiveram 43,21% dos votos, conquistando 113 dos 212 assentos parlamentares em disputa neste primeiro turno, informou a comissão leitoral, após a contagem da totalidade dos votos. Dos 113 deputados, quatro foram eleitos em nome dos liberais, que obtiveram 6,5% dos votos.

A oposição de direita (Fidesz), liderada pelo antigo primeiro-ministro Viktor Orban, ficou a pouco menos de um ponto percentual dos socialistas, com 42,03% dos votos e 97 deputados.

A pequena formação de centro-direita Fórum Democrático, próxima do Fidesz, obteve 5,04% dos votos, ultrapassando a barreira de cinco por cento e elegendo, dessa forma, dois deputados.

O parlamento da Hungria tem 386 lugares, 212 dos quais foram disputados no primeiro turno realizado ontem e os restantes serão eleitos no segundo turno, que será realizado no dia 23 de abril, em uma eleição por maioria simples em circunscrições individuais. Segundo a comissão eleitoral, a taxa de participação foi de 67,83 por cento.
Comunistas na oposição
O Partido Comunista dos Trabalhadores da Hungria, que em eleições passadas apoiou o Partido Socialista, decidiu não prestar apoio a qualquer partido nas atuais eleições. O maior sucesso do partido foi a campanha contra a privatização dos hospitais húngaros, conduzida em 2004 e que terminou com a vitória do movimento contra a privatização, com cerca de 2 milhões de votos.

A situação política atual da Hungria não contribuiu para o avanço do Partido Comunista dos Trabalhadores. De acordo com a nota do PCT sobre a última eleição, "as diferenças ideológicas entre os dois maiores partidos são muito pequenas, portando o Partido Socialista tem considerado, nos últimos anos, o PCT como a maior ameaça aos seus interesses".

Segundo informa o partido, os socialistas isolaram o PCT da televisão, lançaram uma campanha ideológica e política intensa contra o partido, acusando os comunistas de apoiarem as forças de direita. Eles apoiaram a criação de um grupo de oposição dentro do PCT, o que produziu uma luta política intrapartidária que perdurou por mais de 500 dias.

A crise terminou com o Congresso partidário, em dezembro de 2005, quando a oposição deixou o partido e formou sua própria organização, o que enfraqueceu ainda mais o PCT para as eleições deste fim de semana. O partido obteve 0,41% dos votos.

Com agências internacionais