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Fórum Social Brasileiro terá mais de 500 entidades

Recife está preste a abrigar o II Fórum Social Brasileiro (FSB) — ou Fórum de Abril. Mais de 500 entidades confirmaram presença, e cerca de 400 atividades estão programadas, de 20 a 23 de abril, na capital pernambucana. Como

A concentração para a marcha de abertura está programada para as 14 horas do dia 20 de Abril, na Praça do Derby. A caminhada começará às 16 horas e seguirá pela Conde da Boa Vista até a Praça do Carmo. A chegada está prevista para às 18h30. As atividades autogestionadas ocorrerão na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 21 e 22 de abril em três turnos: das 8 horas  às 11 horas; das 11h30 às 14h30; e das 15 horas às 18 horas. No dia 23, haverá atividades somente no período da manhã, das 8 horas às 11 horas. Em breve, a programação detalhada estará disponível no site do FSB (www.fsb.org.br). O encerramento será realizado também em 23 de abril, a partir das 12 horas, no palco do laguinho da UFPE.

O desafio do II FSB é mostrar, já em sua primeira grande atividade, que há caminhos brasileiros para outro mundo possível. O tema do evento é provocativo: a busca de caminhos para outro mundo possível, a partir da reflexão e dos diálogos sobre a experiência brasileira. Ou seja, diálogos sobre visões, propostas, construções, frustrações e sonhos dos últimos anos e de agora no Brasil, do ponto de vista dos movimentos e redes sociais que vêm construindo o processo do Fórum Social Mundial.

Para a Marcha de Abertura, mostrar que alternativas existem ou podem ser construídas é a proposta das redes organizadoras para todas aquelas entidades e grupos ativistas que preparam suas faixas, cartazes e espíritos para a caminhada que abre o evento. As atividades e debates que formarão as grandes áreas de diálogo do II FSB ficam para os dias que se seguem. A afirmação de confiança em um outro mundo já estará explícita na comitiva de frente: crianças do MST — as sem-terrinha — carregarão a faixa do II FSB.

O fórum é um espaço de debate da sociedade civil, horizontal, autogestionado por seus participantes, autônomo em relação a governos e partidos, nos termos da Carta de Princípios do Fórum Social Mundial. Nesses mesmos termos, ele não terá atividades mais importantes que outras nem atividades centrais.

Mas seu caráter temático o torna diferente dos demais. Ele terá um foco especial: a experiência brasileira destes últimos anos. O que se pretende é ampliar o diálogo sobre essa experiência, substituindo a disputa entre pontos de vista pela escuta das análises, interpretações e propostas das diferentes pessoas, redes, entidades e movimentos da sociedade civil.

Assim, em vez de definir “eixos temáticos”, como nos fóruns anteriores, aqui são propostas áreas de diálogo que busquem cobrir todos os aspectos e dimensões da construção do "outro mundo". Pretende-se, desta forma, ajudar o processo de inscrição e favorecer as articulações. São aquelas que a experiência brasileira sugere para que se possa tirar lições e fornecer elementos para a construção de agendas comuns para o futuro. Ao mesmo tempo, o Fórum manterá a abertura a atividades que não se situem nessas áreas propostas, mas que contribuam para alcançar estes objetivos.