Ministério fará mapeamento de potencial hidrelétrico brasileiro

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, está trabalhando na formulação do novo Inventário Hidrelétrico, que dará a noção exata do potencial hidrelétrico a

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, está trabalhando na formulação do novo Inventário Hidrelétrico, que dará a noção exata do potencial hidrelétrico a ser explorado no país para geração de energia. O último inventário data de 1960.

A informação foi dada hoje (12) pelo presidente da EPE, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, os números disponíveis indicam que apenas 25% do potencial hidrelétrico nacional teria sido aproveitado até agora, sendo que existem dúvidas em relação à disponibilidade dos 75% restantes.

"O inventário é um elemento fundamental, porque ele define qual é o potencial de usinas viáveis que você tem para serem leiloadas no futuro. Então, ele é uma maneira de se conhecer melhor o potencial", disse, acrescentando que o documento será um processo contínuo e permanente. Os primeiros resultados deverão ser conhecidos no prazo de um ano e meio a dois anos.

Segundo Tolmasquim, os objetivos do trabalho são maximizar a eficiência econômico-energética e minimizar os impactos sócio-ambientais dos empreendimentos. Os novos estudos do inventário serão acompanhados de avaliação ambiental integrada.

Os primeiros estudos estão sendo feitos por empresas privadas de engenharia, contratadas pela EPE na Amazônia, onde as usinas representam 0,22% do bioma amazônico (dá-se o nome de bioma a uma comunidade biológica, ou seja, a fauna e aflora e suas interações entre si e com o ambiente físico: solo, água e ar).

Na opinião de Tolmasquim, esse percentual é muito reduzido. "Essas usinas estão ocupando muito pouco em relação ao benefício que podem trazer para o país", observou, acrescentando que questões ambientais são mais difíceis de serem resolvidas naquela região. A isso se aliam também as questões econômicas, pois "como o centro de carga está no Sudeste, quanto mais longe, mais custoso é".

Fonte: Agência Brasil