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Premiê iraquiano diz que presidente deveria ser sunita
Para Ibrahim al-Jaafari, primeiro-ministro iraquiano, o próximo presidente do país "deveria ser um árabe sunita, não um curdo". A declaração foi interpretada como uma tentativa de dividir os grupos que se opõem a al-J
Publicado 12/04/2006 10:16
O primeiro-ministro do Iraque, Ibrahim al-Jaafari, disse hoje que o próximo presidente do país "deveria ser um árabe sunita, não um curdo". Al-Jaafari enfrenta forte oposição no país ocupado à sua intenção de ser o candidato da principal aliança xiita para liderar um novo governo.
Grupos árabes sunitas e curdos se opõem à permanência de al-Jaafari como primeiro-ministro, e exigem que a aliança xiita apresente outro nome. Para esses grupos, al-Jaafari não combateu a criação de esquadrões da morte dentro do Ministério do Interior, ocupado por um xiita, que estariam conduzindo o páis a uma guerra civil, com pelo menos 7 mil assassinatos de sunitas realizados nos últimos 6 meses.
Para a mídia ocidental, as declarações de al-Jaafari têm como objetivo dividir os que se opõem a ele. Não houve nenhum comentário público imediato do presidente iraquiano, Jalal Talabani, que é curdo. Al-Jaafari é apoiado por Moqtada al-Sadr, religioso xiita líder do Exérctio Mahdi, milícia xiita que protagonizou intensos combates contra os ocupantes americanos nas cidades de Najaf e Faluja em 2004 e 2005.
No dia de hoje (12), 23 pessoas morreram em episódios de violência registrados em diversas partes do Iraque, inclusive três soldados do exército de ocupação americano. A detonação de um carro-bomba matou cinco pessoas e mais três perderam a vida na explosão de um microônibus em dois ataques contra bairros pobres de Bagdá, informou a polícia local.
As forças de segurança iraquianas instaladas pelos ocupantes também encontraram 24 corpos espalhados por diversas partes do país. A maioria dos cadáveres foi encontrada em Bagdá. Segundo elas, não era possível determinar com exatidão quando essas pessoas foram assassinadas, mas havia sinais de execução.
Diariamente, diversos corpos são encontrados no Iraque, a maior parte aparentemente executada por esquadrões da morte supostamente mantidos pelo Ministério do Interior
Hoje, o comando do exército de ocupação americano informou que três soldados americanos morreram em incidentes registrados ao norte de Bagdá e confirmou a morte de dois militares em incidentes registrados no domingo.