Corregedor da Alesp deve ouvir pivô do caso Nossa Caixa ainda nesta semana

O corregedor da Assembléia de São Paulo, o deputado estadual Romeu Tuma (PMDB), quer ouvir novamente o ex-gerente de marketing do banco Nossa Caixa, Jaime de Castro Júnior, ainda nesta semana. A Corregedoria da Assembléia investiga de

O corregedor da Assembléia de São Paulo, o deputado estadual Romeu Tuma (PMDB), quer ouvir novamente o ex-gerente de marketing do banco Nossa Caixa, Jaime de Castro Júnior, ainda nesta semana. A Corregedoria da Assembléia investiga denúncias de um suposto favorecimento de parlamentares da Casa por meio de verbas publicitárias do banco Nossa Caixa.

Segundo Castro Júnior, houve interferência do governo estadual –por meio da secretaria de Comunicação– para o direcionamento de recursos do banco para veículos de comunicação ligados a deputados estaduais.

Tuma afirma que as investigações até agora apontam para uma "irresponsabilidade generalizada" na gestão das verbas publicitárias, com falhas e omissões no tocante a prazos e regras da própria Constituição estadual. O deputado também diz que existem indícios do favorecimento mencionado por Castro Júnior mas que são necessárias mais informações. "É óbvio que eu quero concretizar isso [a acusação] com bastante documentos", afirma.

Segundo o parlamentar, já foram ouvidos alguns dos deputados mencionados pelo ex-funcionário da Nossa Caixa mas que o rol de depoimentos necessários ainda não se esgotou. Ele não revelou quais os próximos nomes de colegas que podem ser ouvidos na apuração da Corregedoria, que estima concluir os trabalhos dentro de 30 dias.

O caso Nossa Caixa

O banco e o governo negam as acusações de favorecimento e somente admitem um erro na prorrogação dos contratos das agências de publicidade responsáveis pela aplicação de recursos de publicidade do banco. Ainda segundo o governo, uma comissão de sindicância já apurou o problema e puniu o responsável: o próprio Jaime de Castro Júnior.

Castro Júnior já foi ouvido pelo Ministério Público. Segundo o promotor Sérgio Turra, o ex-gerente responsabilizou diretores e a própria presidência do banco estadual. A Nossa Caixa respondeu acusando o ex-funcionário de cair em contradição com depoimento prestado anteriormente à própria comissão de sindicância do banco.

Fonte: Folha Online