Agência rejeita venda de VarigLog e agrava crise da Varig

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) rejeitou hoje uma das principais iniciativas da Varig para fazer caixa e obter dinheiro para continuar a voar.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) rejeitou hoje uma das principais iniciativas da Varig para fazer caixa e obter dinheiro para continuar a voar.

Os diretores da agência decidiram não aprovar a venda por US$ 48,2 milhões da VarigLog, subsidiária de transporte da Varig, para a Volo, empresa constituída no Brasil pelo fundo americano Matlin Patterson.

O negócio era um dos pilares do plano de recuperação da empresa, que prevê a venda de ativos e a redução dos custos.

A Volo também já havia apresentado proposta de US$ 400 milhões para comprar a própria Varig. Essa oferta prevê a demissão de cerca de 3.500 funcionários, a redução da frota para menos que 50 aeronaves e a separação da Varig em duas empresas: a "nova Varig", que ficaria com os ativos, e a "velha Varig", que permaneceria com as dívidas.

Além de não ter a aprovação da Anac, a venda da VarigLog era questionada judicialmente. Em janeiro, a juíza substituta da 7ª Vara Federal do Rio, Maria de Lourdes Coutinho Taves, chegou a suspender a transferência de ações para a Volo.

A juíza aceitou o argumento de que é proibido que uma aérea brasileira tenha mais de 20% de participação de uma estrangeira.

A liminar da juíza, entretanto, foi cassada em fevereiro pelo desembargador Antonio Cruz Netto, da 5ª turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região.

A Volo afirma, no entanto, ser controlada por empresários brasileiros e que o negócio estaria de acordo com a legislação do país.

Procurada, a Volo informou que ainda vai analisar a decisão da Anac antes de comentá-la.

Fonte: Folha Online