MST quer mais de mil famílias assentadas no Sul em 2006

Em um ato realizado hoje (21) em Coqueiros do Sul, no norte gaúcho, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Rio Grande do Sul reivindicou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) cumpra a meta de assen

Segundo um dos coordenadores estaduais do MST, Silvio dos Santos, os sem-terra pediram agilidade no processo de reforma agrária no estado e a desapropriação da fazenda Coqueiros, mais conhecida por fazenda Guerra. Presente à manifestação, o prefeito de Coqueiros do Sul, Acácio de Souza (PDT), defendeu que a fazenda Guerra seja vistoriada pelo Incra para fins de reforma agrária. Ele disse que a propriedade ocupa 30% da área do município.

Apesar da chuva que transferiu o protesto da praça central da cidade para o Ginásio de Esportes Municipal, estiveram presentes entidades que compõem o Comitê de Apoio à Reforma Agrária no estado, sindicatos dos metalúrgicos e dos professores gaúchos, Central Única dos Trabalhadores, Pastorais Sociais, movimentos da Via Campesina, partidos políticos e autoridades municipais da região. A Brigada Militar monitorou o ato, que terminou no meio da tarde, e o deslocamento de ônibus de acampamentos na região.

Nesta sexta-feira, o MST criou um novo acampamento no estado, em Arambaré, no centro-sul, que está recebendo dezenas de famílias Sem Terra da região. O local, às margens da BR 116, foi criado dentro de um assentamento do MST. Um outro acampamento, montado esta semana em Tupanciretã, na região Central, já reúne cerca de 80 famílias, às margens da estrada de acesso à cidade.

Segundo a coordenação estadual do MST, mais de 2,5 mil famílias Sem Terra vivem em acampamentos de beira de estrada no Rio Grande do Sul e o governo federal assentou apenas 220 famílias desde 2003. "O MST tem defendido o assentamento imediato de todas as famílias acampadas, bem como a assinatura da portaria que atualiza os índices de produtividade rural", destaca Silvio.


Da Redação,
Com informações da Agência Brasil