Colômbia: Assassinato de irmã de Gaviria tensiona clima eleitoral

O assassinato de uma irmã do ex-presidente da Colômbia, chefe do opositor Partido Liberal (PL), César Gaviria, agravou a tensão no país, faltando apenas um mês para as eleições presidenciais do próximo d

Ainda que os autores e as causas do assassinato de Liliana Gaviria Trujillo sejam um mistério até o momento, e o crime possa ser realmente um fato isolado, vários candidatos presidenciais consideram inevitável que isso tensione ainda mais a campanha. O crime se soma ao assassinato de militantes do grupo de esquerda Pólo Democrático Alternativo (PDA), cujo candidato Carlos Gaviria, tem crescido nas pesquisas de intenção de voto.

A vítima, um engenheira e empresária da área de construção que tinha 52 anos, foi encontrada morta ontem ao entardecer perto de sua casa em um condomínio localizado fora de Pereira, capital do departamento de Risaralda (a 350 quilômetros a oeste de Bogotá). César Gaviria, que governou o país entre 1990 e 1994, e mais tarde foi secretário geral da Organização de Estados Americanos (OEA), é desde o ano passado o presidente do PL, uma das forças de oposição ao governo de Alvaro Uribe.

O ex-presidente soube do assassinato quando estava em Valledupar (norte do país), onde assistia a um festival musical e imediatamente foi transferido em um avião da polícia a Pereira, sua cidade natal. O assassinato de Liliana causou indignação entre os políticos colombianos. Os candidatos presidenciais do PL, Horacio Serpa, e do PDA, Carlos Gaviria, e líderes de partidos políticos, repudiaram o assassinato e pediram por imediatas investigações.

Serpa, que foi conselheiro da paz durante o governo de Gaviria, disse estar arrasado pelo crime. Mas ele afirmou que acreditar que o crime não atrapalhará a campanha eleitoral. Ao contrário do liberal, o candidato Carlos Gaviria, que não tem relação familiar com o ex-presidente, afirmou estar “indignado e profundamente preocupado” com o “vil assassinato”. Para ele, o assassinato se soma aos de dois companheiros do seu partido nas últimas semanas.

O senador Carlos Holguín, presidente do Partido Conservador, lamentou o que chamou de  "atroz crime” e conclamou “a cidadania a apoiar as instituições democráticas”. Já o senador Samuel Moreno, presidente do PDA, pediu que “os organismos do Estado que não permitam que isso caia na impunidade”. Ele afirmou temer que o crime esteja relacionado com a campanha. Para ele, o episódio “inevitavelmente tensiona o ambiente eleitoral”.

Em pesquisa divulgada nos últimos dias, Uribe, principal aliado do governo dos EUA na região, caiu oito pontos nas intenções de voto. Enquanto que Gaviria, apoiado pelo PC da Colômbia, cresceu quatro pontos.

Da Redação
Com agências.

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