Acusado pelo 11 de setembro pega perpétua nos EUA

Zacarias Moussaoui comparece nesta quinta-feira ao tribunal federal de Alexandria (Virgínia, leste), para sua última audiência, na qual poderá fazer uso da palavra e quando será lida sua condenação à prisão perp&eacu

A juíza federal Leonie Brinkema sentenciou Zacarias Moussaoui, de 37 anos, à prisão perpétua, sem possibilidade de apelação. Moussaoui, será enviado à prisão federal de segurança máxima em Florence, Colorado.

Moussaoui é o único acusado pelos ataques de 11 de setembro de 2001 — quando aviões supostamente controlados por terroristas atingiram edifícios e instalações militares nos EUA, provocando a morte de quase 3.000 pessoas, a maioria nas torres do World Trade Center, em Nova York.

Nesta quarta-feira, ao ouvir o veredicto do júri, Moussaoui, 37, gritou na sala do tribunal: "Os Estados Unidos perderam! Eu venci!". Os jurados do caso de Moussaoui recomendaram que o francês fosse condenado à prisão perpétua por "cumplicidade com os supostos autores dos ataques de 11 de setembro.

O julgamento de Moussaoui teve início no dia 6 de fevereiro, e o júri deliberava desde o dia 24 de abril. Moussaoui, nascido em Saint-Jean-de-Luz, no sudoeste da França, de pais marroquinos, foi preso em 16 de agosto de 2001 em Minnesota (norte) por um problema de visto. Ele estava na prisão no dia dos atentados de 11 de Setembro.

Dizendo fazer parte da suposta rede terrorista al-Qaida, Moussaoui havia sido indiciado em dezembro de 2001 por cumplicidade com os autores dos ataques. A defesa de Moussaoui sugeriu aos jurados que não dessem a ele o que tanto buscava, a morte como mártir, durante as alegações finais do julgamento por cumplicidade com os supostos autores dos ataques de 11 de Setembro.

Segundo a defesa, Richard Reid, o britânico que tentou um atentado contra o avião em que viajava com explosivos escondidos na sola de seus sapatos, não teria participado dos atentados de 11 de setembro, como dissera Moussaoui.

O francês declarou-se culpado e, numa das audiências, afirmou que sua missão era jogar um avião contra a Casa Branca, e que Reid era seu companheiro de ação. Para evitar que ele fosse condenado à morte, os advogados do francês demonstraram que ele teve um ambiente familiar conturbado e sofre de esquizofrenia, o que constituiria uma circunstância atenuante.

Com agências internacionais