Entidades farão Marcha do Milhão de Imigrantes nos EUA

Por Dayane Santos (CUT)

Depois de levar milhões às ruas em protestos sem precedentes contra uma lei que estimula o conflito racial norte-americano, as organizações de imigrantes anu

Os imigrantes, principalmente os mexicanos, têm trazido muito lucro às empresas norte-americanas, que se aproveitam da tensão entre eles e o governo, para usufruir de mão-de-obra barata. “Se nós não viéssemos, quem construiria as casas?”, perguntou José Abrego, 40 anos, de Acapulco, México.

Javier Rodriguez, representante da Irmandade Mexicana Nacional e integrante da Coalizão 25 de Março, afirma que “se trata de algo que nunca foi feito no país, é um esforço coordenado com sindicatos, igrejas e as comunidades afro-americanas, filipinas e coreanas”.  A Coalizão 25 de março vem liderando uma série de protestos e manifestações com a bandeira da luta do trabalhador imigrante. Para Armando Navarro, coordenador da Aliança Nacional para Direitos Humanos, “a comunidade imigrante precisa estar preparada para possíveis atos de represália do governo federal”.

Jesse Diaz, também entre os organizadores das mobilizações, lembra que “temos muitos planos, a luta apenas começou” e acrescenta, “o mais importante agora, além das manifestações, é registrar os milhões de cidadãos para que possam votar, o seu voto fará a diferença nas próximas eleições”.

Os imigrantes, legais e ilegais, levantaram cartazes como: “Sinto muito, Estados Unidos fechados. Pedro não veio trabalhar” junto a uma multidão de 1 milhão de pessoas nas ruas de Los Angeles no dia 1º de Maio. A massa marchou através da Avenida Wilshire e se estabeleceu em frente à prefeitura. O impacto atingiu os mais diversos setores. Uma empresa de caminhões que serve Los Angeles e Long Beach parou de funcionar: 90% de seus  empregados são imigrantes.