Servidores do Ibama e do Incra entram em greve

Por Daniel L'acosta (Voz do Brasil)

 

Funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma A

Segundo o diretor da Confederação dos Servidores do Incra, José Vaz Parente, “a greve atinge 15 das 30 unidades do Incra existentes no país. A expectativas é que até amanhã tenhamos todas as nossa unidades com serviços parados”. Já a greve dos Ibama atinge quase 100% das unidades federadas. A informação e da vice-presidente da Associação dos Servidores do Ibama-DF, Lindalva Cavalcanti.

O diretor do Incra disse que é cobrado o cumprimento de um acordo celebrado por ocasião da greve em julho de 2005 com a direção do Incra. O acordo inclui plano de carreiras da categoria, com a paridade ativo e aposentado, equiparação salarial entre servidores de nível médio e superior e outras melhorias.

Para José Parente, é preciso uma reestruturação no Incra para fazer a reforma agrária no país e reordenar a estrutura fundiária nacional. Essas reformas, segundo ele, estão marcadas por um processo de apropriação indevido por fazendeiros e grileiros. "O estado não sabe em que condições estão as terras que lhe pertencem. Inexistem serviços eficazes. A instituição é praticamente ausente em todo território nacional", criticou Parente.

O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hackbart, disse que a greve é um direto dos servidores, mas que este não é o melhor momento. "O momento de greve e inoportuno porque nos estamos buscando negociações com o planejamento da fazenda para melhor essa situação. Nós estamos negociando, não é momentos para entrar em greve", afirmou Hackbart.

A vice-presidente da Associação dos Servidores do Ibama-DF, Lindalva Cavalcanti, disse que a greve vai prejudicar atividades de fiscalização, emissão de licenciamento ambiental, transporte de carga florestal e locais de visitações.

"Ficam parados todos os empreendimentos em processo de licenciamento, as atividades relacionadas a exportação e importação, atividades do Ibama que se encontram dentro dos portos, transporte de produtos de origem florestal e, infelizmente, todas as unidades de conservação dos Ibama que são abertas à visitação publica também fecham as portas", afirmou Cavalcanti.

Os servidores do Ibama cobram do governo o cumprimento dos acordos firmados nas greves de 2003 e 2004, como o enquadramento dos aposentados e pensionistas na carreira de especialista em meio-ambiente e a reestruturação da carreira.