Ato pede agilidade na apuração do assassinato de sindicalista

Após um mês do assassinato do sindicalista Anderson Luís Souza Santos, haverá manifestação para pedir agilidade na apuração do caso. O protesto foi organizado pelo Comitê pela Apuração do Assassi

O comitê é formado por sindicalistas, militantes, amigos e familiares. Seus representantes também se reunirão com a governadora Rosinha Matheus para cobrar providências. Anderson era presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Frios e Laticínios do Rio de Janeiro e da Baixada Fluminense (Sintrafrio-RJ) e diretor da Contac-CUT.

Fundado em 19 de abril, o comitê já manteve duas reuniões com autoridades estaduais. A primeira foi em 26 de abril, com o secretário de Direitos Humanos, Jorge de Souza, que afirmou, na ocasião, estar empenhado em acompanhar o caso. Durante a conversa, o secretário lembrou que as estatísticas fluminenses registram cem assassinatos por dia, inclusive com flagrante, dos quais apenas quatro são desvendados.

A segunda reunião, em 3 de maio, foi com o Ministério Público do Estado, que alegou estar acompanhando o trabalho do promotor responsável pelo caso e assegurou que as investigações estavam avançando. Trinta dias se passaram, e nenhuma resposta foi dada.

O sindicalista, militante da corrente O Trabalho, tinha 30 anos de idade e foi morto com dois tiros no peito quando saía de sua casa no município de São João de Meriti para ir trabalhar.

Júlio Turra, representante da CUT Nacional que participará da mobilização, afirmou que o crime não pode ficar impune. “O caso é uma questão de honra para o movimento sindical. Durante a realização dos Congressos Estaduais (CECUTs) que acontecem por todo país, o assassinato do companheiro Anderson foi lembrado, e várias moções pedindo a apuração imediata do crime que afeta o conjunto do movimento sindical cutista foram adotadas”, enfatizou.