Bolívia quer diálogo com governo brasileiro sobre Petrobras

A reprovação pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Petrobras não serviu apenas para expor as divergências entre Lula e Sérgio Gabrielli, que dirige a estatal. O mais recente efeito das declarações dadas por Lula no encontro de presidentes de P

O ministro de Hidrocarbonetos do país, Andrés Soliz, afirmou que as conversas sobre a nacionalização do setor energético ocorrerão sobretudo no nível governamental. Segundo Soliz, caberá aos governos de Brasil e Bolívia fechar um acordo sobre a questão e, depois, orientarem suas companhias petrolíferas. A intenção de tratar o assunto no plano político, e não econômico, fica evidente com a declaração do ministro boliviano de que esta é a melhor forma para que a negociação não siga um rumo "estritamente comercial".

 

 

O ministro fez a declaração antes do encontro com o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, do qual também fará parte o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, além do presidente da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Jorge Alvarado. "Acreditamos que a relação, a negociação será muito mais frutífera entre um governo e outro", afirmou Soliz. Ele disse que a nacionalização das reservas de petróleo e gás natural da Bolívia, decretada no dia 1° deste mês, "é total e absolutamente irreversível". "Se as negociações devem ser longas e construtivas isso quer dizer que não haverá imposições imediatas e que, inclusive, o prazo que nos foi dado, de 45 dias, terá de ser revisto" para se chegar a resultados racionais e frutíferos, disse o ministro.

 

 

Com agências