Hamas e Fatá concordam em encerrar conflitos

O diálogo entre as organizações palestinas, que começou na manhã desta quinta-feira com a participação do presidente Mahmoud Abbas e do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, por videoconferência, foi preced

O acordo foi acertado quarta-feira, numa reunião de sete horas entre representantes dos dois grupos no escritório do primeiro-ministro Haniyeh, do Movimento Islâmico Hamas. Oficiais da segurança do Egito foram os mediadores das negociações.

Fontes palestinas informaram esta semana, em meio a vários confrontos entre militantes do Fatá e do Hamas, que o Egito tinha proposto a Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), o envio de soldados egípcios para a Faixa de Gaza para evitar novos choques.

Segundo fontes oficiais, nas últimas três semanas morreram seis palestinos e um cidadão jordaniano, motorista do embaixador de seu país na Cidade de Gaza. Outras fontes falam em pelo menos dez mortos e dezenas de feridos.

"Queremos acabar com estes tristes incidentes. Acredito que estamos criando as bases para um cessar-fogo interno entre todos os palestinos", disse Haniyeh aos jornalistas.

"Jamais daremos aos ocupantes israelenses o prazer de nos verem parar de lutar enquanto eles continuam derramando o sangue palestino", acrescentou.

Um dirigente do Fatá presente na reunião com Haniyeh, Samir al Musharaui, fez na noite de quarta-feira um apelo a todas os filiados e simpatizantes do movimento para que respeitem o cessar-fogo com o Hamas.

Segundo fontes palestinas, a resistência deverá entrar em acordo para a criação de um organismo dirigido pelo presidente Abbas, para que Israel repasse os impostos que retém e os Estados Unidos e a União Européia voltem a cumprir com os acordos internacionais de enviar ajuda financeira à ANP. Assim, os 165 mil funcionários públicos da ANP, que estão há quase três meses sem receber salários, poderão voltar a ser pagos.

Com agências internacionais