Expansão do ensino superior cria 3,3 mil cargos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, da Educação, anunciaram nesta quinta-feira, 8, projeto de lei que determina a criação de 3,3 mil cargos nas universidades federais, dos quais 2,3 mil para pro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Fernando Haddad, da Educação, anunciaram nesta quinta-feira, 8, projeto de lei que determina a criação de 3,3 mil cargos nas universidades federais, dos quais 2,3 mil para professores e 1.075 para servidores técnico-administrativos – além de 120 cargos de direção e de 420 funções gratificadas.

Os cargos estão sendo criados para atender à expansão da rede federal de ensino superior. São quatro novas universidades – entre elas a Unipampa, cuja criação por meio de projeto de lei também será anunciada nesta quinta-feira; a transformação de seis faculdades federais em universidades – grupo no qual está incluída a Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (FUFCSPA), cuja criação a partir da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFFCMPA) será anunciada no mesmo dia; e a construção ou ampliação de 40 campi. As obras beneficiam 68 municípios em 21 estados.

Escolas técnicas

O governo federal também anunciou hoje a criação de escolas técnicas federais no Amapá, Acre, Mato Grosso do Sul, Rondônia, em Canoas (região metropolitana de Porto Alegre) e de escolas agrotécnicas federais em Brasília (DF), Marabá (PA), Nova Andradina (MS) e São Raimundo das Mangabeiras (MA). Com a construção dessas nove escolas, todas as unidades da federação passam a ter escolas técnicas.

O ministro Fernando Haddad afirmou em entrevista coletiva a uma rede de rádios que o governo fará investimentos fortes no Maranhão. Além de três novas escolas técnicas, também será promovida a extensão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para os municípios de Imperatriz e Chapadinho.

Haddad explicou que o programa de expansão da educação superior e das escolas técnicas pode ser concluído até o final de 2007. O governo também irá investir R$ 400 milhões no ensino médio dos estados pelo chamado Fundebinho, programa emergencial que destina recursos à educação enquanto a proposta que cria o Fundeb não é aprovada no Congresso.

Atualmente, todas as universidades federais do país têm pelo menos um curso de mestrado, inclusive as localizadas na região Norte. Nos últimos quatro anos, o governo autorizou a contratação de mais de 10 mil professores.

A ampliação desse número não teria sido possível por conta da dívida das universidades, que também começaram a ser pagas pelo governo. "É preciso observar que o Brasil não tem uma dívida pequena com a educação. Nós tínhamos que estancar essa dívida em primeiro lugar, e começar a pagá-la, e é o que nós estamos fazendo em todos os níveis", disse Haddad.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MEC