Advogados exigem investigação sobre mortes em Guantanamo

Advogados dos presos políticos que estão na base militar norte-americana de Guantánamo, em Cuba, exigiram de Washington a abertura imediata de investigações sobre o “suicídio” de três detidos.

Os Estados Unidos mantêm cerca de 460 presos políticos no presídio militar de Guantánamo, situado no extremo sudeste de Cuba, mas apenas dez deles foram formalmente acusados como “suspeitos de terrorismo”, desde que o estabelecimento começou a funcionar depois dos atentados de setembro de 2001. Nenhum dos detidos em Guantánamo foi julgado.

O Centro de Direitos Constitucionais – um grupo de advogados com sede em Nova York – representa cerca de 200 presos políticos de Guantánamo e dá assistência a outros advogados que se ocupam dos casos de outros presos. "Estas mortes expressam o desespero por uma necessidade humana básica: justiça, a necessidade de que alguém ouça o que você tem a dizer", disse o diretor legal do Centro, William Goodman. O que os presos vêem "é uma detenção cega e indefinida sem nenhuma possibilidade de justiça no futuro", afirmou.

 

Com agências