Semana decisiva para escolha dos Partidos
A semana política é decisiva para os partidos que devem fechar suas alianças em torno dos candidatos à presidência da República. Dia 30 termina o prazo para o lançamento dos candidatos e a oficializaç&at
Publicado 19/06/2006 16:57
A luta do Partido é para conseguir fechar as coligações com PSB e PCdoB, que estão ameaçadas pelas disputas regionais dos dois partidos. Se mantida a chapa com o atual vice-presidente, José Alencar, o PT tem como certo apenas a aliança formal com o PRB.
O PSB só fará convenção no dia 28 de junho e o PCdoB, no dia 29. Tradicionais aliados do PT, os dois partidos ameaçam não formalizar o apoio à candidatura do presidente Lula. Os dois partidos reclamam da falta de reciprocidade do PT no apoio aos seus candidatos e podem optar em dar apoio informal aos petistas e ter mais espaço para lutar para superar a cláusula de barreira.
Sem a coligação formal dos dois partidos, Lula perderá tempo na propaganda gratuita no rádio e na TV. A estimativa é que a aliança com o PSB e com o PCdoB daria à Lula cerca de 8 minutos. Sem eles, a campanha no rádio e na TV deverá ficar em torno de 5 minutos, enquanto a coligação formal do PSDB e do PFL renderá cerca de 9 minutos de propaganda eleitoral gratuita para o candidato tucano Geraldo Alckmin.
Em busca de apoio
O presidente Lula deve prosseguir as negociações com o PMDB, que quer cargos no governo em troca do apoio informal do partido à sua reeleição. O Partido já decidiu que não lançará candidato próprio nem se aliará formalmente a nenhum partido na disputa pela presidência para não prejudicar as alianças nos estados.
Na quarta-feira (21), o PFL realiza sua convenção para formalizar a coligação com o PSDB com a indicação do senador José Jorge (PE) para vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin (SP). A expectativa é que vai ficar a cargo dos pefelistas fazer as críticas, desde a semana passada, quando José Jorge fez críticas ao presidente Lula, durante convenção estadual do PFL em Brasília.
Nesta segunda-feira (19), o PPS fez sua convenção no Rio para anunciar apoio ao tucano Alckmin, mas a aliança será informal para não prejudicar as alianças regionais. O partido do deputado Roberto Freire (PE) decidiu não ter candidato próprio à sucessão de Lula.
O PDT também faz sua convenção nesta segunda. Apesar da expectativa em torno do lançamento da candidatura do senador Cristovam Buarque (DF) à sucessão de Lula – grande parte dos convencionais apoiam a candidatura – para os demais integrantes do Partido, entrar na corrida presidencial é o caminho do desaparecimento para a legenda.
O PSOL lançará formalmente a senadora Heloisa Helena (AL) na convenção do partido que será realizada também no sábado.
Calendário eleitoral
Ao final das convenções, a partir do dia 1º de julho, é dada a largada na corrida presidencial. Depois desta data, não será permitida a veiculação de propaganda partidária gratuita e nenhum outro tipo de propaganda política paga no rádio e na televisão. Faltando três meses para as eleições, também estão proibidas as nomeações, contratações, demisões sem justa causa e transferências voluntárias de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios.
De acordo com o calendário eleitoral, o dia 5 de julho é o último dia para a apresentação do registro de candidatura aos cargos de presidente e vice-presidente da República (no Tribunal Superior Eleitoral) e de governador, vice-governador, senador, deputado federal, estadual ou distrital (nos tribunais regionais eleitorais).
No dia 6, quando estiver acontecendo a etapa final da Copa do Mundo, que termina dia 9 de julho, começa a propaganda eleitoral, e os candidatos, partidos políticos e coligações poderão realizar comícios. O dia 19 de julho é o prazo final para os partidos políticos registrarem os comitês financeiros perante a Justiça Eleitoral.
A partir de 1º de agosto, as emissoras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção; no dia 15, tem início o período da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, que vai até o dia 28 de setembro, último dia também para a realização de debates e para propaganda política em comícios ou reuniões públicas.
O dia 30 de setembro é último dia para a propaganda eleitoral em alto-falantes e amplificadores de som ou para a promoção de carreata e para distribuição de material de propaganda política, inclusive volantes e outros impressos. As eleições serão no dia 1o de outubro. Se houver segundo turno, será realizado no dia 29 de outubro.
Com agências