Brasil é pioneiro em tecnologia com palma da mão

Quando os primeiros clientes do Bradesco começaram a operar as novas máquinas de auto-atendimento do banco, na semana passada, estavam sem saber inaugurando no Brasil o uso de uma tecnologia inédita na área de segurança.

Desde o último dia 12, os usuários da Agência Matriz, na Cidade de Deus (sede da instituição), trocaram aquelas três letrinhas adicionais digitadas após a senha por um gesto bem mais simples: estender a palma da mão. Está em teste na agência um dispositivo de autenticação biométrica que faz uma leitura das veias da palma da mão, garantindo que esse padrão seja o mesmo do dono da conta acessada.

 Batizado de PalmSecure, o sistema desenvolvido pela empresa Fujitsu já é sucesso no Japão, onde é usado desde 2004 por diversas instituições financeiras. Agora, o Brasil passa a ser o primeiro país a adotar a tecnologia depois que esta foi internacionalizada, no ano passado. "Outras empresas já estão avaliando a possibilidade de adotar o PalmSecure. Nosso foco principal é nos bancos", afirma o diretor de vendas da Fujitsu do Brasil, Edson Siqueira.

 

Automóveis

 

Por enquanto, o Bradesco é a única no país a colocar em prática esse tipo de identificação biométrica. Depois de um período de 30 a 60 dias de testes na matriz (utilizada por funcionários do banco), o próximo passo será a instalação de 50 máquinas em diferentes agências. Com dimensões de 3cm X 3cm (em 2004, os primeiros dispositivos lançados no Japão tinham 7cm X 7cm), o PalmSecure traz a vantagem de não exigir contato com o usuário. A palma da mão é posicionada sobre o aparelho, sem tocá-lo. Como a tecnologia identifica uma característica interna do corpo humano, não há risco de falsificação, elevando o nível de segurança, segundo Siqueira.

No Japão, de acordo com a Fujitsu, mais de 10 mil unidades do PalmSecure já foram implantadas. As aplicações variam de instituições financeiras a universidades, bibliotecas, organizações públicas e outros clientes interessados em soluções de controle de acesso. No Brasil, onde a tecnologia começa a ser vendida neste mês, um fator limitante ainda é o preço. Cada unidade custa 900 dólares. Conforme Siqueira, já estão em estudo no Japão novos usos para a tecnologia, como em automóveis (substituindo as chaves) ou na rede hoteleira.

 
 

Com agências