PMDB de Minas fecha apoio a Lula e Nilmário

“O que nos une hoje é um projeto maior para o país”, disse o pré-candidato a governador, que já foi ministro de Lula (Direitos Humanos) e disputará com o tucano Aécio Neves, que concorre à reeleição e tem aparecido até agora como franco favorito nas pesquisas.

Mudança de cenário

“Essa composição muda todo o cenário eleitoral no Estado”, previu o líder da bancada do PMDB na Assembléia, deputado Adalcléver Lopes. De acordo com os representantes do PMDB, 80% do partido quer a coligação de centro-esquerda.

Falta resolver os demais nomes na chapa majoritária – vice-governador e senador, disputadas pelo PMDB, PT, PCdoB e PTN. “Estamos discutindo a questão. É natural os partidos fazerem suas reivindicações”, disse Nilmário.

O PMDB mineiro direciona-se para concorrer ao Senado, com três peemedebistas de peso pleiteando a indicação:  o ex-presidente Itamar Franco e o ex-prefeito de Uberlândia, Zaire Rezende e o ex-governador Newton Cardoso, que apareceu de surpresa na reunião que selou o acordo.

Convenções no fim de semana

As negociações sobre a chapa majoritária, e também sobre a possível adesão de outras legendas, deve se estender até a data-limite de sexta-feira que vem (30). PT e PCdoB, que realizam Convenções neste fim de semana, devem aprovar a coligação e delegar às suas Executivas a definição destes pontos.

Apesar de continuar reivindicando uma das vagas na chapa majoritária, a presidente estadual do PCdoB, deputada estadual Jô Moraes, disse que o partido está aberto a negociações. “A palavra final sairá nas Convenções”, disse.

Para Jô Moraes uma alternativa que contemple o fortalecimento do palanque de Lula em Minas e uma nova opção para o governo do Estado passa, necessariamente, pela soma de forças partidárias. O PCdoB realiza sua Convenção amanhã, na Assembléia Legislativa, com festa. A convenção será de 10h às 13h e depois a legenda realiza o “Arraiá Vermelho”, com canjica, correio elegante e barraquinhas.

Tucanos acusam o golpe

O tucano Aécio Neves acusou o golpe. Disse esperar que o PMDB não lhe cause constrangimento e entregue os cargos que ocupa na administração estadual caso confirme a coligação com o PT.

“Obviamente, o próprio PMDB, se tomar o caminho da oposição, acho que ele certamente, com a dignidade que tem sido a marca de seus membros, certamente não participará do governo porque ficará em dificuldade de fazer oposição estando no governo. Eu acho que eu serei privado desse constrangimento”, disse Aécio.

Com agências