Ricardo Alarcón: Guantânamo deve ser fechada e devolvida

O presidente da Assembléia Nacional do Poder Popular (Parlamento) cubano, Ricardo Alarcón, afirmou hoje que não é preciso apenas pedir o fechamento da base naval ilegal norte-americana de Guantânamo,

A Eurocâmara emitiu duas resoluções nas quais solicita o fechamento do centro de detenção da base irregular por considerar que constitui uma violação do Estado de Direito, da legislação internacional e da normativa em matéria de direitos humanos. A última foi entregue no dia 13 de junho.

"Se se torturou e se transformou isso no que se tornou, infelizmente é porque esse pedaço de nosso território nacional nos foi usurpado durante mais de um século", disse o presidente do Parlamento cubano. "Assim, que fechem a instalação e que devolvam o que não pertence nem aos Estados Unidos nem à Europa", disse após participar da inauguração da sessão do Parlamento Latino-americano que acontece em Havana entre hoje e amanhã.

 

Segundo dados oficiais dos Estados Unidos, 460 estrangeiros suspeitos de "terrorismo" e de integrarem a Al Qaeda estão detidos na base como "combatentes inimigos". Apenas dez deles foram acusados formalmente desde a abertura da prisão. O campo de detenção foi aberto em 2002 como resultado da falaciosa "guerra antiterror" encampada pelos EUA após os ataques de 11 de setembro. Existem inúmeras denúncias de que os presos são torturas e sofrem maus tratos em Guantânamo.

 

Há cerca de um mês, dois sauditas e um iemenita foram encontrados enforcados em suas celas. Segundo as autoridades norte-americanas, eles teriam cometido o suicídio. Mas segundo o pai de um dos sauditas, o cadáver de seu filho apresentava contusões no corpo, o que prova que o rapaz foi estrangulado.

 

"Há marcas no corpo de Yasser que mostram que foi golpeado", disse Talal Abdullah al-Zahraini em declarações ao jornal "Arab News". Médicos sauditas estão realizando autópsias nos dois corpos para identificar a causa das mortes.

 

Da Redação,
Com agências.