Israel adota tática terrorista e declara guerra ao governo palestino

O  terrorismo de Estado promovido por Israel contra membros do governo palestino pode ser interpretado como uma declaração de guerra contra a Autorida Nacional Palestina. Neste domingo (2), Israel mandou bombardear o escr

Uma aeronave israelense bombardeou os gabinetes do premiê palestino, Ismail Haniya, na Cidade de Gaza na madrugada deste domingo (2). O ataque aéreo, que aconteceu por volta de 2h00, danificou os gabinetes de Haniya, que logo após pegaram fogo, segundo oficiais de segurança palestinos. Não houve relatórios de mortes,e o premiê não se encontrava no local no momento do ataque.

Em um segundo ataque aos gabinetes utilizados por Haniya em que uma festa do grupo militante Hamas estava acontecendo, um membro da facção foi morto, segundo a Reuters.

 

A desculpa usada por Israel para justificar seu terrorismo de Estado perante a comunidade internacional é de que estaria desenvolvendo uma campanha militar para pressionar os palestinos pela liberação de um soldado israelense sequestrado há poucos dias. Mas a real intenção israelense é dizimar o governo palestino, eleito democraticamente, mas tido por Israel e pelos Estados Unidos como um governo "terrorista".

Israel tem freqüentemente realizado ataques aéreos contra gabinetes do governo palestino assim como rodovias, pontes e uma estação de eletricidade desde que militantes palestinos, inclusive membros do Hamas, capturaram o soldado israelense, o oficial Gilad Shalit, há uma semana.

 

Ao atingir o gabinete do premiê, Israel sinalizou que estava preparado para agir contra as figuras mais importantes do Hamas. Na quinta-feira, tropas israelenses em West Bank prenderam oito membros do Hamas que servem no gabinete palestino e mais de 20 legisladores palestinos.

 

No sábado, um oficial palestino forneceu informações mais específicas sobre as condições de Shalit, afirmando que ele havia sofrido três ferimentos quando foi raptado no último domingo, mas que estava sendo tratado por um médico palestino e que se encontrava em estado estável.

 

O oficial, Ziad Abu Ein, o vice-ministro de Detenção, se pronunciou em uma conferência para a imprensa em Ramallah em West Bank.

 

“Ele teve três ferimentos, eu imagino que foram causados por pedaços de projéteis,” afirmou Abu Ein sobre Shalit, cuja captura por militantes palestinos no último domingo gerou a crise atual. “Ele está bem nesse momento,” Abu Ein afirmou que suas informações vêm de pessoas envolvidas nas conversações sobre uma possível liberação do soldado.

 
No sábado, militantes palestinos que guardavam o soldado pediram pela liberação de 1.000 prisioneiros que estavam em poder de Israel, oriundos de diversas nações , porém Israel rejeitou o pedido. Alguns líderes do Hamas afirmaram que eles gostariam que liberassem as centenas de mulheres e jovens palestinos detidos por Israel em troca da liberação de Shalit.

Com o acirramento da crise entre os dois lados, o Movimento de Resistência Islâmica  ameaçou hoje agira da mesma forma que Israel e atacar alvos israelenses como escolas, instituições ou redes de electricidade, caso Israel mantenha a operação militar na Faixa de Gaza.

O porta-voz do braço armado do Hamas, as Brigadas de Azedin Al-Kasem, A bu Ubaida, afirmou hoje que caso os israelenses "continuem com este tipo de ataques, atacaremos alvos da Ocupação Sionista (Israel) que ainda não atingimos até a o momento".

"As agressões e os actos de terrorismo contra o nosso povo irão conduzir toda a região a um mar de sangue e as consequências serão terríveis. Temos muitas opções", referiu o mesmo grupo em comunicado.

O braço armado do Hamas acusou ainda Israel de "ter lançado uma guerra suja" e de "insistir em continuar com a sua brutal e bárbara ofensiva sem conhecer a sorte do soldado sequestrado".

No mesmo comunicado, o grupo armado condenou também o "silêncio dos países árabes perante as agressões israelenses".

Da redação,
com informações das agências