PPS junta-se ao PSDB e PFL no comando da campanha Alckmin

O candidato do bloco conservador à Presidência da República, Geraldo Alckmin (PSDB-PFL), participou nesta quarta-feira (5) de reunião do conselho político da sua campanha. A novidade foi que, além dos presidentes tucano e

A estréia de Freire deu-se após mais um gesto de aproximação de seu partido com o PSDB-PFL. Na terça-feira, o deputado federal Nelson Proença retirou sua candidatura ao governo do Rio Grande do Sul e o PPS local aderiu à chapa encabeçada pela deputada tucana Yeda Crusius.


Proença, com 1%, une-se a Yeda, 11%


Na mais recente pesquisa do Ibope para governador gaúcho divulgada no último dia 28, Yeda figura em terceiro lugar, com 11% das intenções de voto. À sua frente, empatados, estão o petista Olívio Dutra e o peemedebista Germano Rigotto (que concorre à reeleição), ambos com 26%. Proença aparece na sexta colocação, com 1%.


Proença desistiu por ter sido “pressionado pela direção nacional do próprio partido”, segundo informa o PSDB. Com o reforço, Yeda Crusius passa a ter uma coligação de dez partidos, e 6 minutos diários de tempo de TV na campanha, para sair dos 11%. Para frustração da candidatura Alckmin, Rigotto já avisou que não abrirá seu palanque ao presidencipável tucano, nem a Lula, permanecendo “independente”.


Na Bahia prossegue o tiroteio


O encontro do comando da campanha conservadora se deteve na situação das alianças políticas nos Estados. Se no Rio Grande do Sul unificou-se o palanque de Alckmin, na Bahia não há trégua entre o PFL do senador Antonio Carlos Magalhães e o PSDB do deputado Jutahy Magalhães. No seu recente programa em rede estadual de TV, o PFL não só vetou qualquer imagem de Alckmin como exibiu duas de Lula.

O presidenciável tucano visita o Estado na sexta-feira, quando estará em uma feira de gado no município Barreiras (a 853 km de Salvador). Deputados do PSDB baiano já reclamavam que, na primeira visita de campanha ao Estado, Alckmin aparecerá ao lado do governador Paulo Souto e outros pefelistas, e não de integrantes do seu partido.


Marcha-à-ré sobre o fim da reeleição


O discurso da campanha também é alvo de preocupações do conselho político do bloco conservador. No programa “Roda Viva” da TV Cultura, onde foi entrevistado na noite desta segunda-feira, Alckmin voltou atrás em sua defesa do fim da reeleição. Disse que não mobilizaria sua base no Congresso para aprovar o projeto de Jutahy acabando com o dispositivo implantado no governo Fernando Henrique.

No “Roda Viva”, Alckmin passou a defender a reeleição, embora pedindo “regras para evitar a utilização da mلquina púlica e abusos”. Líderes tucanos evitaram polemizar as declaraçُões de Alckmin à TV Cultura. Nos bastidores, comentavam que o candidato foi inábil ao tratar de um assunto que divide o partido, que ainda não se aglutinou em torno dele.

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), um dos descontentes, pois defende o fim da reeleição, saiu-se pela tangente. "Nosso problema é com o Lula", lembrou. Já Jutahy, que acumula insatisfações com o comportamento de Alckmin em relação à Bahia, disse que "discorda totalmente" da posição do presidenciável, mas "todo mundo tem direito de dar sua opinião".

Com agências