BNDES terá programa para TV digital em 3 meses

O grupo é coordenado por Maurício Neves, chefe do departamento de indústria eletrônica, que informou que o programa deverá financiar todo o ecossistema que vai girar em torno da TV digital, incluindo indústria, radiodifusores, produtores de conteúdo entre outros agentes. "Estamos verificando se as atuais linhas de financiamento são aderentes às necessidades do setor ou se precisaremos criar condições diferenciadas. Em três meses o programa estará na rua", diz Neves, acrescentando que a indústria nacional poderá ter condições especiais.

Uma das idéias é usar os mecanismo do programa Concorrência Internacional, recém-lançado, que dá às empresas com tecnologia nacional condições de ofereceren aos seus clientes financiamento competitivo em relação aos concorrentes estrangeiros. O programa é semelhante ao Finame, uma vez que financia o comprador mas tem condições mais favoráveis. No programa Concorrência Internacional, o financiamento é de 100% do valor do bem, mais 100% dos serviços agregados, com Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 1% de spread e 12 anos para pagamento, com prazo médio de carência de dois anos.

Reunião

A linha é válida para todos os setores da economia e a única exigência para os produtos fora do complexo eletrônico é de um índice de nacionalização de 60%. Para os setores ligados ao complexo eletrônico, onde não é possível estabelecer índice de nacionalização já que a maior parte dos componentes são importados, o que vale é a portaria 214 do Ministério de Ciência e Tecnologia, que define o que é tecnologia nacional. No caso de um contrato de uma operadora que esteja sendo disputado por uma empresa multinacional, mesmo com PPB, e outra com tecnologia totalmente nacional, a prioridade do banco é financiar esta última.

O assunto foi discutido durante reunião dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, da Casa Civil, Dilma Rousseff, e das Comunicações, Hélio Costa. "Estamos preparando as bases para a criação. Um fórum vai fazer as especificações técnicas que precisamos, para que as empresas de televisão possam fazer a encomenda dos seus transmissores. Ao mesmo tempo, estamos estabelecendo um cronograma para que as empresas possam fazer os seus pedido nos Ministério das Comunicações para terem o seu espectro de transmissão aprovado. Também estamos criando um grupo para o intercâmbio Brasil-Japão, que prevê a transferência de tecnologia de informação sobre a TV digital", explicou o ministro Hélio Costa.

Com agências