IBGE: produção industrial atinge maior nível em 15 anos

A produção industrial brasileira cresceu 1,6% em maio na comparação com abril e atingiu o nível mais elevado da série histórica com ajustes sazonais, iniciada em 1991, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e

A taxa de expansão no mês foi a maior desde dezembro de 2005, quando também tinha sido registrado o recorde anterior de produção. Na comparação com maio do ano passado, a alta da indústria foi de 4,8%. De acordo com o IBGE, o desempenho foi estimulado pela maior oferta de crédito, pelo crescimento da renda e pela queda da inflação. No ano, o crescimento da produção é de 3,3%.
O resultado de maio foi sustentado pelo avanço em 13 de 23 atividades com desempenho ajustado sazonalmente, com as maiores altas na produção de veículos automotores (6,2%) e máquinas e equipamentos (3,1%). Já a atividade de material eletrônico e equipamentos de comunicações contribuiu para derrubar a média geral, com queda de 7,9%.
Entre as categorias de uso, a de bens intermediários sustentou o crescimento da indústria no mês, com uma alta de 1,9%. Esta foi a terceira expansão consecutiva do setor. A produção de bens de capital também acelerou e cresceu 1,8%, enquanto bens de consumo semi e não duráveis tiveram taxa positiva de 0,4%. A única categoria que registrou queda, de 0,3%, foi a de bens de consumo duráveis.

 

Geral

 

Na comparação entre maio e o mesmo mês do ano passado, a produção foi maior em 23 de 27 atividades pesquisadas. Com a ajuda do efeito calendário – já que maio de 2006 teve um dia útil a mais -, as empresas que fabricam veículos automotores produziram 9,4% a mais, enquanto as de máquinas para escritórios e equipamentos de informática mostraram alta de 49,3%. O principal resultado negativo na relação com o desempenho industrial de um ano antes ficou por conta dos fabricantes de material eletrônico e equipamentos de comunicações, com redução de 8% na produção.

No geral, o IBGE interpretou os resultados como "sinais de recuperação no ritmo da atividade fabril". Mas o instituto alertou que os segmentos exportadores estão crescendo abaixo da média geral. Enquanto a indústria acumula alta de 3,3% na produção de 2006, os ramos exportadores mostram taxa positiva de apenas 2,9%.

 

Com agências