Lula quer definir regras de conduta dos ministros no período eleitoral

O presidente Lula convocou uma reunião ministerial para esta terça-feira (11), no Palácio do Planalto, com objetivo de definir regras de conduta para o governo durante o período eleitoral. "O presidente está extremamente preocupado

A reunião – a primeira deste ano e com a presença dos ministros que entraram no governo após a reforma ministerial – terá início às 9 horas, com uma exposição do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que falará sobre normas relativas ao comportamento de servidores e autoridades.
"Já houve certa tensão entre TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e governo, avaliamos que esses problemas são fruto de nossa própria inexperiência com o processo de reeleição e o governo tem todo o interesse em investir num comportamento que contribua para o bom relacionamento com a Justiça Eleitoral", explicou Genro.

O ministro da Coordenação Política falará, em seguida, expondo aos demais companheiros de Esplanada o que eles podem ou não podem fazer durante a campanha. A reunião ministerial vai servir também para sistematizar a participação dos ministros na campanha. Todos devem se empenhar na divulgação das realizações do governo, mas sem correr risco de criar complicações eleitorais para o presidente Lula. "Eles podem participar de atos administrativos, desde que não façam discursos de apoio ao presidente", resumiu Genro.

Dados e ações

Numa segunda parte, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, apresentará dados sobre a economia e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, detalhará as ações do governo. Lula deve fazer um discurso no encerramento do encontro. A previsão é de que os ministros interrompam a reunião para o almoço e retomem as discussões à tarde.

Segundo o ministro Tarso Genro, o presidente Lula viajará pouco neste primeiro mês de campanha e "continuará tendo uma agenda administrativa forte". Lula se reuniu no domingo (9), à noite, com um grupo de líderes petistas, pedindo que se organizem para suprir sua ausência física.

A decisão surpreendeu os adversários, que o acusavam de fazer campanha antecipada. Na abertura oficial da campanha, na semana passada, o presidente Lula ficou em Brasília, comandando reuniões e atos administrativos.

A reunião de domingo, sem divulgação prévia, foi no Alvorada, como prevê a lei. Além de Tarso Genro; do coordenador de campanha, Ricardo Berzoini; do coordenador do programa de governo, Marco Aurélio Garcia; e do chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, participaram lideranças petistas regionais como o governador do Acre, Jorge Viana; o prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel e a senadora de Santa Catarina, Ideli Salvatti.

Com agências