Wagner recebe apoio de prefeitos da Grande Salvador

Na sua primeira atividade oficial de campanha, Jaques Wagner, candidato a governador pela coligação Bahia de Todos Nós (PT, PCdoB, PMDB, PMN, PPS, PSB, PTB e PV), recebeu o apoio de cinco dos dez prefeitos da Região Metropolitan

O ato reuniu ainda os prefeitos de Camaçari, Luís Caetano (PT); de Simões Filho, Edson Almeida (PL); de Lauro de Freitas, Moema Gramacho (PT); e de São Francisco do Conde, Antônio Pascoal (PP). A prefeita de São Sebastião do Passé, Tânia Portugal (PCdoB), município vizinho e que há anos luta para se integrar à RMS, também esteve presente.

 

Ao falarem para as cerca de 300 pessoas presentes, Luís Caetano e Moema Gramacho lançaram o desafio: garantir às candidaturas de Wagner e do vice-governador, Edmundo Pereira, uma vantagem de 800 mil a 1 milhão de votos sobre o governador Paulo Souto (PFL), candidato à reeleição e principal adversário da coligação Bahia de Todos Nós. A vantagem na Grande Salvador é decisiva, pois no interior baiano é mais forte o controle coronelista imposto pelo carlismo – o grupo político do senador Antonio Carlos Magalhães, que domina o PFL baiano.

 

Com números, Jaques Wagner mostrou a real possibilidade da vitória: “Em 2002, quando disputei a eleição a governador da Bahia, não tinha o apoio de nenhum prefeito da RMS, muito menos da capital, mas mesmo assim tive, em Salvador, 223 mil votos a mais do que o candidato do PFL e mais de 243 mil de frente na Região Metropolitana”, recordou.

 

Nesta eleição de 2006, continuou, “crescemos, construímos uma das maiores alianças políticas, enquanto nossos principais adversários encolheram. Agora, teremos 9 minutos de programa político, 30% a mais do que o candidato do PFL, e o apoio de 70 prefeitos. Na eleição passada, quando Paulo Souto ganhou a eleição no primeiro turno com pouco mais de 300 mil votos, nossa candidatura tinha apenas 2 minutos de TV e rádio e o apoio de sete prefeitos em todo o Estado”, ressaltou.

 

Vitórias de Waldir e de João Henrique

 

Wagner lembrou ainda que, em 1986, uma ampla aliança política garantiu a eleição de Waldir Pires ao governo da Bahia, com mais de um milhão de votos de frente em relação ao candidato carlista, o ex-senador Josaphat Marinho, já falecido. E foi também uma grande aliança de partidos políticos de oposição ao carlismo que garantiu, nas últimas eleições municipais de Salvador, a vitória de João Henrique no segundo turno, derrotando César Borges, o candidato do PFL, com mais de 800 mil votos. “Se tivéssemos feito aliança semelhante em 2002, não teria dúvida de que eu seria hoje o governador da Bahia”, disse Wagner.

 

O apoio à reeleição do presidente Lula, que tem a preferência da maioria dos baianos, é mais um trunfo da coligação Bahia de Todos Nós. Comenta-se que Lula encara a eleição de Wagner como uma prioridade. Esse apoio, disse o candidato a governador, “é assegurado não só porque sou amigo pessoal do presidente, mas porque temos um projeto político e de governo para a Bahia e aqui conseguimos construir a maior aliança de apoio à reeleição de Lula”.

 

Péricles de Souza, presidente estadual do PCdoB-BA, destacou em seu discurso que cerca de um terço do eleitorado da Bahia está concentrado em Salvador e municípios metropolitanos. “Salvador, Camaçari e Lauro de Freitas estão entre as dez maiores cidades do Estado. Além disso, prefeitos dessa região, inclusive a prefeita Tânia Portugal, de São Sebastião do Passé, estão com ótimo desempenho administrativo. Portanto, esse apoio é uma forte sinalização que pode decidir a eleição”, afirmou o dirigente comunista.

 

Para compor as forças colkigadas na Bahia de Todos Nós, o PCdoB abriu mão mão da indicação do nome da vereadora Olívia Santana para disputar a vaga ao Senado. A coligação fez uma aliança informal em apoio à candidatura de João Durval Carneiro, pai do prefeito de Salvador, que concorre ao Senado pelo PDT. Olívia concorre à Câmara, ao lado dos deputados federais comunistas Alice Portugal e Daniel Almeida, que disputam a reeleição.

 

De Salvador,
Hilda Fausto