Novo documentário de Michael Moore volta a espinafrar Bush

O cineasta americano Michael Moore, autor do filme anti-Bush "Fahrenheit — 11 de Setembro", planeja estrear em 2007 seu próximo filme, dedicado ao sistema de saúde americano, anunciou em sua página na Internet.

"Atualmente rodamos aproximadamente 75% de 'Sicko' e não demoraremos em editá-lo. Estará nas salas em 2007", prometeu Moore, revelando que seu pedido para coletar depoimentos sobre o tema recebeu 19 mil respostas.

"Isto nos consumiu e precisamos de um mês, literalmente, para ler todas. Ler sobre o sofrimento diário das pessoas em nosso sistema (de saúde) baseado nos benefícios foi ao mesmo tempo comovente e revoltante", acrescentou.

"Assim como os outros filmes, não o discutimos enquanto o fazemos. Se nos perguntam, dizemos que 'Sicko' é 'uma comédia sobre os 45 milhões de pessoas sem sistema de saúde no país mais rico do mundo'", acrescentou.

Michael Moore, de 52 anos, se tornou um dos maiores críticos do governo de George W. Bush. O cineasta saltou para a fama em 2004, ao ganhar a Palma de Ouro do Festival de Cannes com "Fahrenheit — 11 de Setembro", uma crítica feroz a Bush e à guerra no Iraque que se tornou o documentário mais visto na América do Norte, com 119 milhões de dólares de arrecadação.

Dois anos antes, já havia se destacado com "Tiros em Columbine", um manifesto em favor do controle das armas nos Estados Unidos, após o massacre no colégio Columbine, em Littleton, Colorado (oeste), em 1999. Também já havia atacado o capitalismo selvagem em "The Big One" (1998) e "Roger e Eu" (1989).