Rússia afirma ter matado Shamil Basayev

De acordo com o Serviço de Segurança Federal da Rússia, o homem mais procurado pelas forças militares do país, Shamil Basayev, foi morto nesta segunda-feira. Basayev e outros militantes separatistas tchetchenos foram mortos duran

A televisão do país exibiu cenas do momento em que Patrushev informava pessoalmente ao presidente russo, Vladimir Pútin, sobre a morte do "terrorista número um" do país, quando supostamente preparava um atentado terrorista "para pressionar a Rússia durante a cúpula do Grupo dos Oito".

Basayev e seus homens foram surpreendidos na república da Inguchétia, vizinha da Tchetchênia. "Este é o castigo que os bandidos mereceram por nossas crianças de Beslan, de Budionovsk, por todos os atos terroristas que perpetraram em Moscou e outras regiões da Rússia, incluindo a república da Inguchétia e da Tchetchênia", discursou Pútin.

Patrushev explicou que os serviços secretos localizaram o "terrorista número um" graças ao trabalho realizado "em países onde se reuniam armas" para a "guerrilha tchetchena". Pútin pediu a Patrushev que transmita suas felicitações a todos os participantes da operação, aos quais prometeu condecorações.

Ao mesmo tempo, Pútin disse que "a ameaça terrorista continua sendo muito grande" e que, portanto, "não se pode baixar a guarda".

Após a morte do líder dos separatistas tchetchenos, Aslan Maskhadov, em uma operação dos serviços de segurança russos em 8 de março de 2005, Basayev se transformou no principal chefe dos separatistas islâmicos.

Basayev virou notícia das agências da mídia corporativa em junho de 1995, quando, à frente de um comando tchetcheno, tomou o hospital da cidade russa de Budionovsk e fez mais de mil pessoas reféns em uma ação que deixou 129 mortos e 415 feridos.

Desde então, seu nome foi vinculado a todos os ataques que causaram centenas de mortes, incluindo as tomadas de reféns no teatro Dubrovka de Moscou e na escola "Número Um" de Beslan, cidade da república da Ossétia do Norte.

Em setembro de 2004, após o massacre de Beslan, o Kremlin anunciou uma recompensa de US$ 10 milhões por toda a informação que lhe permitisse capturar ou matar Basayev.