Movimentos pró-Lula marcam panfletagem para 21 de julho

Diversos movimentos sociais de todo o Brasil começam a entrar, de fato, na campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro grande ato de apoio está confirmado. Será uma série de panfletagens simu

A decisão foi tomada nesta terça-feira (11/07), na sede do PT, em São Paulo, onde cerca de 60 lideranças nacionais se reuniram com coordenador de mobilização da campanha, João Felício. Estiveram presentes representantes de entidades como CUT, UNE, Conam e UJS, além de Federação Nacional dos Trabalhadores Domésticos (Fenatrad) e Movimento Evangélico Progressista, entre outras.

Essas lideranças passam a formar a Plenária Nacional dos Movimentos Populares, que se encontrará periodicamente para definir a estratégia de apoio a Lula e a agenda de mobilização para a campanha. A próxima reunião está marcada para 19 de julho, dois dias antes das panfletagens iniciais.

Quem apóia — e de que forma
A coordenação operativa da campanha tem membros dos partidos que apóiam formalmente Lula (PT, PCdoB e PRB) e dirigentes partidários favoráveis à reeleição, mas que são filiados a outras siglas (como PMDB e PSB). É o Comitê Executivo partidário.

Haverá coordenações específicas (comitês por área de atuação) para tratar de temas juvenis, femininos, anti-racismo e sindicais. Caberá a esses comitês o planejamento de datas e locais para grandes manifestações de rua. Também pode ser criada uma coordenação de luta pela reforma urbana.

A plenária intersindical de apoio a Lula ocorrerá em São Paulo, no dia 19 de agosto, com a presença de CUT, CGTB e dirigentes de outras centrais. Para 1º de setembro, está confirmado o dia nacional de mobilização da classe trabalhadora.

Campanha em alto nível
“O início da campanha de Lula se dá em nível elevado”, declarou o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), João Batista Lemos, que esteve na reunião. Segundo Batista, a participação dos movimentos sociais é um dos maiores trunfos na campanha de Lula, já que seu principal adversário — o neoliberal Geraldo Alckmin — não conta com respaldo das entidades populares.

As entidades compõem o setor que mais se identifica com o lema da campanha de Lula — “De novo com a força do povo”. Por isso, afirma o coordenador da CSC, “é fundamental contarmos com a militância, o entusiasmo e a capacidade de organização e mobilização dos movimentos sociais”.

Para João Felício, a campanha será abrangente e organizada. “A idéia é ter, durante todo o mês de agosto, pelo menos um ato por semana — de mulheres, negros, jovens e assim por diante — em diferentes pontos do país", disse o coordenador-geral de mobilização e ex-presidente da CUT.

Apoios "caseiros"
Felício também frisou que a campanha será consistente, mas autônoma e politizada. "Vamos recuperar o corpo-a-corpo, a conversa, o debate, para que cada eleitor saiba em quem está votando e por que está votando".

Como forma de incluir na campanha eleitores que não se envolvem com nenhuma organização, milhares de residências em todo o país deverão ser comitês populares. “Existe uma parcela da população que não tem militância no movimento social ou em partidos, mas quer participar. O cidadão que quiser pode transformar sua casa num espaço de aglutinação pró-Lula”, propôs Felício.

A coordenação executiva da campanha planeja um comitê popular para cada grupo de mil eleitores — isso nas grandes cidades. “Os comitês serão um canal de interlocução para politizar o processo eleitora”, reforçou João Felício. “A pior coisa que existe na democracia é o cidadão ser mero espectador da política. Queremos participação”.

André Cintra, da Redação,
com Portal PT e agências