Movimentos pró-Lula marcam panfletagem para 21 de julho
Diversos movimentos sociais de todo o Brasil começam a entrar, de fato, na campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O primeiro grande ato de apoio está confirmado. Será uma série de panfletagens simu
Publicado 11/07/2006 22:26
Essas lideranças passam a formar a Plenária Nacional dos Movimentos Populares, que se encontrará periodicamente para definir a estratégia de apoio a Lula e a agenda de mobilização para a campanha. A próxima reunião está marcada para 19 de julho, dois dias antes das panfletagens iniciais.
Quem apóia — e de que forma
A coordenação operativa da campanha tem membros dos partidos que apóiam formalmente Lula (PT, PCdoB e PRB) e dirigentes partidários favoráveis à reeleição, mas que são filiados a outras siglas (como PMDB e PSB). É o Comitê Executivo partidário.
Haverá coordenações específicas (comitês por área de atuação) para tratar de temas juvenis, femininos, anti-racismo e sindicais. Caberá a esses comitês o planejamento de datas e locais para grandes manifestações de rua. Também pode ser criada uma coordenação de luta pela reforma urbana.
A plenária intersindical de apoio a Lula ocorrerá em São Paulo, no dia 19 de agosto, com a presença de CUT, CGTB e dirigentes de outras centrais. Para 1º de setembro, está confirmado o dia nacional de mobilização da classe trabalhadora.
Campanha em alto nível
“O início da campanha de Lula se dá em nível elevado”, declarou o coordenador nacional da Corrente Sindical Classista (CSC), João Batista Lemos, que esteve na reunião. Segundo Batista, a participação dos movimentos sociais é um dos maiores trunfos na campanha de Lula, já que seu principal adversário — o neoliberal Geraldo Alckmin — não conta com respaldo das entidades populares.
As entidades compõem o setor que mais se identifica com o lema da campanha de Lula — “De novo com a força do povo”. Por isso, afirma o coordenador da CSC, “é fundamental contarmos com a militância, o entusiasmo e a capacidade de organização e mobilização dos movimentos sociais”.
Para João Felício, a campanha será abrangente e organizada. “A idéia é ter, durante todo o mês de agosto, pelo menos um ato por semana — de mulheres, negros, jovens e assim por diante — em diferentes pontos do país", disse o coordenador-geral de mobilização e ex-presidente da CUT.
Apoios "caseiros"
Felício também frisou que a campanha será consistente, mas autônoma e politizada. "Vamos recuperar o corpo-a-corpo, a conversa, o debate, para que cada eleitor saiba em quem está votando e por que está votando".
Como forma de incluir na campanha eleitores que não se envolvem com nenhuma organização, milhares de residências em todo o país deverão ser comitês populares. “Existe uma parcela da população que não tem militância no movimento social ou em partidos, mas quer participar. O cidadão que quiser pode transformar sua casa num espaço de aglutinação pró-Lula”, propôs Felício.
A coordenação executiva da campanha planeja um comitê popular para cada grupo de mil eleitores — isso nas grandes cidades. “Os comitês serão um canal de interlocução para politizar o processo eleitora”, reforçou João Felício. “A pior coisa que existe na democracia é o cidadão ser mero espectador da política. Queremos participação”.
André Cintra, da Redação,
com Portal PT e agências