Rússia terá centro internacional de enriquecimento de urânio

A Rússia construirá o primeiro centro internacional de enriquecimento de urânio para usinas nucleares na cidade siberiana de Angarsk, anunciou o chefe da Agência Atômica russa (Rosatom), Serguei Kirienko.

'O primeiro centro internacional para enriquecimento de urânio será criado em território russo, em Angarsk', perto do lago Baical, disse Kirienko após a reunião dos presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, George W. Bush. Os dois chegaram a um importante acordo no âmbito nuclear, ao apoiarem a criação de um sistema que dê acesso à energia nuclear a todos os Estados, enquanto cria proteções contra a proliferação de armas atômicas. 'Acreditamos que isto será possível após a criação de centros internacionais de enriquecimento dentro de uma única rede sob estrito controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)', disse Putin.


A iniciativa foi promovida para solucionar a crise desencadeada pelos Estados Unidos a respeito do programa nuclear do Irã. A proposta apresentada por Putin e apoiada pelos Estados Unidos consiste em criar, na Rússia, um centro de enriquecimento de urânio para as usinas atômicas do Irã. Em uma declaração conjunta, Bush e Putin pediram que seus respectivos governos iniciem as negociações para a preparação de um acordo bilateral sobre cooperação no uso pacífico da energia atômica.


Kirienko disse que um grupo de analistas dos dois países já iniciou as consultas para ajustar a iniciativa russa com a dos Estados Unidos sobre a cooperação global na questão nuclear para criar novos reatores seguros e desenvolver tecnologias de produção de combustível. Para o chefe da Agência Atômica russa, a elaboração do acordo bilateral sobre energia nuclear demorará ao menos um ano, levando em conta que deverá ser aprovado pelos Legislativos de ambos os países. Segundo Kirienko, o plano de construção do centro internacional de enriquecimento de urânio, já aprovado por Putin, prevê adotar, ainda em 2006, emendas à legislação russa no setor, para sujeitar sua atividade ao controle da AIEA.


 


 


Com agências