Lula elogia decisão do G-8 de recomendar prazo à OMC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou positivamente a decisão do G-8, grupo que reúne os sete países mais ricos e a Rússia, de recomendar à Organização Mundial de Comércio (OMC) um prazo de 30 dias para concluir as negociações técnicas da Rod

A rodada é o resultado da 4ª Conferência Ministerial da OMC, ocorrida em Doha, no Catar, em novembro de 2001, que estabeleceu os parâmetros para o início de novas negociações mundiais de comércio. “Mesmo que fosse mais um dia. Se a Cúpula do G-8 entende que era preciso dar 30 dias para chegar um acordo, significa que estão querendo fazer um acordo”, disse Lula, ao final de encontro de reunião com países “em desenvolvimento”. “Essa é uma parte importante. Porque havia quem dissesse até ontem que não teria flexibilização”, disse.


 


Segundo o presidente, o assunto voltará a ser tratado durante reunião com a Cúpula do G-8. “Amanhã vamos confrontar documentos e pode sair coisa diferente”, observou. Participaram da reunião Brasil, África do Sul, China, Congo, Índia e México. O presidente destacou que não importa o tempo, mas é importante o acordo ser fechado. “Eu particularmente estou convencido que se não houver uma decisão política dos presidentes e dos primeiros ministros dificilmente nós teremos acordo”, ressaltou Lula. Para o presidente brasileiro, a União Européia (UE) precisa facilitar o acesso ao mercado agrícola, os Estados Unidos devem reduzir os subsídos internos e os países em desenvolvimento precisam fazer acessibilidade do setor industrial e de serviços.


 


Em documento conjunto dos países “em desenvolvimento”, os líderes defenderam que para que a rodada atinja seus objetivos de desenvolvimento, os países desenvolvidos precisam assumir sua responsabilidade no avanço do processo. “Os pobres do mundo devem ser os principais beneficiários de um resultado justo, equilibrado e abrangente. Nossa visão é de um acordo final segundo o qual os países farão maiores concessões, os países em desenvolvimento contribuirão também com importantes esforços e nenhuma concessão será esperada dos países menos desenvolvidos”, afirma o texto.


 


 


As informações são do
jornal O Dia