Embrapa terá US$ 60 milhões para pesquisa e infra-estrutura

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), do Ministério da Agricultura, terá US$60 milhões para pesquisa e o fortalecimento de sua infra-estrutura, com ênfase na capacidade e atualização de recursos para servir a áreas estratégicas. O re

O presidente da Embrapa, Silvio Crestana, em entrevista coletiva, anunciou o convênio e falou sobre o resultado das inovações tecnológicas, institucionais e políticas da agricultura dos trópicos. Esses temas estão sendo abordados no workshop internacional sobre Desenvolvimento a Agricultura Tropical, que ocorre em Brasília, esta semana – de 17 e 19.


Resultado de uma negociação de mais de quatro anos, o Agrofuturo contará com US$ 33 milhões a serem contratados pelo BID e US$ 27 milhões de contrapartida nacional (governo federal, Embrapa como executora e beneficiários). Do volume total, 58% serão para projetos em recursos naturais e genéticos, biotecnologia e biossegurança, boas práticas de laboratório e campo, avaliação de impactos e eficiência, propriedade intelectual, sistemas de informação e comunicação.


Estão incluídas outras áreas que têm relação com a melhoria da competitividade, eficiência e a eqüidade do setor agropecuário brasileiro – como as tecnologias de apoio a cadeias agro-exportadoras, à sanidade e qualidade agroalimentar, à preservação e aproveitamento da biodiversidade, à agricultura orgânica, hidroponia e plasticultura.


Agricultura familiar


O programa também contemplará a  agricultura familiar com a implantação de três núcleos-piloto nos estados da Bahia, Mato Grosso do Sul e Pará. “O objetivo é promover a oferta de tecnologias”, diz o coordenador do Agrofuturo, pesquisador Washington Silva. Os projetos terão apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), associações de produtores e unidades da Embrapa localizadas nas respectivas regiões. “Este ponto viabilizará um dos objetivos do Agrofuturo: aumentar o acesso aos mercados e a integração da produção familiar às cadeias do agronegócio”.


Silva observa outro ponto importante do programa: a integração regional e internacional por meio de acordos pré-estabelecidos. “Nesse caso se incluem a manutenção dos laboratórios virtuais da Embrapa no Exterior (Labex), a interação com os centros do Grupo Consultivo em Pesquisa Agrícola Internacional (CGIAR), do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agro-industrial do Cone Sul (Procisur) e Programa Cooperativo de Investigação de Transferência para os Trópicos Sul-americanos (Procitrópicos)”, explica.


Fonte: Embrapa