Biscaia quer autorização para divulgar nomes investigados na CPI

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) informou que, na audiência que terá hoje às 15h30 com o ministro Gilmar Mendes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF), vai

A CPI dos Sanguessugas deve divulgar nesta terça-feira, às 16h, a lista dos 57 parlamentares denunciados pela Procuradoria-Geral da República, segundo o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPI. Uma comissão da CPI se encontrará às 15h30m com o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que decretou segredo de Justiça sobre os 15 inquéritos abertos até agora no tribunal. Segundo Jungmann, a comissão já decidiu divulgar os nomes qualquer que seja a opinião do ministro, mas o presidente da Comissão, Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), acho melhor consultar o judiciário antes, já que não há, por enquanto, nenhuma comprovação da participação destes 57 parlamentares no esquema de compra superfaturada de ambulâncias.


 


No despacho anterior, segundo Biscaia, o ministro tinha decretado sigilo para que toda documentação apreendida e entregue a CPMI fosse de acesso restrito aos membros da cmissão.


 


O deputado acrescentou que, no entanto, o que se verifica é que diversos veículos de comunicação têm divulgado relações “parcialmente acertadas”, que acabam por incluir nomes de parlamentares que não estão envolvidos no esquema dos sanguessugas.


 


“Por isso que vou solicitar ao ministro que compreenda a situação. É preferível que o presidente da CPMI declare: já notificamos 15, estamos notificando mais 42 e prosseguimos ainda verificando a situação de outros em razão do depoimento do empresário Luiz Antônio Verdoin”, declarou.


 


O empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da empresa Planam, prestou depoimento durante nove dias na 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Vedoin que estava preso na Polícia Federal foi solto na semana passada após o depoimento.


 


Depois da eleição


 


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas vai deixar para depois das eleições a apuração das denúncias de reprodução em outros ministérios do esquema que envolveu a compra superfaturadas de ambulâncias com recursos do orçamento do Ministério da Saúde. A informação é do presidente da comissão, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ).


 


Em entrevista ao Programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, o parlamentar afirmou que alguns elementos obtidos na investigação indicam que o esquema caminhava também para outra linha relacionada com ônibus usados em programas de inclusão digital. Por isso, ele acredita que é possível prosseguir com o trabalho da comissão depois de concluída a fase de apuração da participação de parlamentares no esquema das ambulâncias.


 


“A documentação já está em poder do Ministério Público. Esta é uma CPMI que começou as investigações em estágio avançado. O início foi na própria Controladoria Geral da União e Polícia Federal. O Ministério Público, em Cuiabá, já ofereceu denúncias e o Federal para os parlamentares já está em fase adiantada. De qualquer maneira esta outra parte que envolve inclusão digital e, provavelmente, outros ministérios há uma decisão da CPMI que ficará para o período logo após as eleições porque o prazo é de 180 dias”, afirmou.


 



Fonte: Agência Brasil


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