Lembo e deputados rejeitam votação de Pacote de Segurança

No encontro, que contou com representantes dos principais partidos políticos do país, ficou acertado que uma iniciativa como essa seria mais prejudicial do que favorável para solucionar a crise de violência que atinge São Paulo.

Uma das sugestões tiradas no encontro foi de criar uma comissão parlamentar para manter um debate constante com o governo paulista em torno deste tema. Segundo Luiza Erundina (PSB), que tomou a iniciativa de reunir representantes da bancada federal em torno do assunto, a idéia é pedir a todos os partidos que indiquem um representante para integrar o grupo.

“Este pacote de leis não deve ser analisado de afogadilho e muito menos votado de afogadilho”, disse Lembo em entrevista coletiva concedida ao lado da deputada Erundina. No encontro, estiveram presentes também nomes como José Eduardo Cardoso (PT), Jamil Murad (PCdoB), Alberto Goldman

(PSDB), Michel Temer (PMDB), entre outros.
 
A reunião também serviu como uma manifestação de apoio dos parlamentares paulistas à forma como o governador Cláudio Lembo vem conduzindo a questão da violência. Os deputados também aproveitaram para defender a idéia de não politizar a crise de violência em SP.

Bom senso

“Ele (este pacote) deve ser analisado com o bom senso que exige a legislação penal. A legislação penal não é legislação de emergência”, acrescentou Lembo. Erundina emendou alegando que esta posição encontrou consenso entre todos os parlamentares presentes no encontro. “Nós entendemos que não faltam leis, faltam condições objetivas para que as leis que estão aí sejam devidamente aplicadas”.

Na avaliação da deputada, estratégias como essa nunca foram positivas em uma situação de crise. “Nós vamos ver o que é possível. Não mais uma tentativa de montar pacotes, isso nunca deu certo e nunca foi uma resposta efetiva e eficaz a um problema como este”.
 
Apesar da grande maioria dos temas ter encontrado consenso, pelo menos um deles foi assunto para discussão. O deputado Jamil Murad insistiu, ao longo da reunião, em pedir a demissão do Secretário da Segurança Pública, Saulo de Castro.

Agência Estado