I Festival BNB da Música Instrumental reune músicos de todo Nordeste 

O evento inclui ainda, em sua programação, ciclo de debates sobre o exercício da profissão de músico, um curso sobre música eletroacústica e uma oficina sobre ritmos afro-brasileiros.

As atividades do I Festival BNB da Música Instrumental marcam os oito anos de existência do Centro Cultural Banco do Nordeste e os 54 anos de criação do BNB.

Mostra internacional

Nesta terça-feira, tem início a Mostra Internacional de Vídeos de Música Instrumental. Ao todo, serão 32 exibições de 29 vídeos instrumentais de artistas oriundos da Europa, Escandinávia, Ásia, América e África.

Nesse mesmo dia, tem início o curso de apreciação de arte sobre “Música Eletroacústica, Matemática, Caos e Fractais”, que será ministrado pelo físico e músico estadunidense Alex Costa, pós-doutor em Geologia e Geofísica pela Universidade de Yale (EUA) e autor do CD “Rádio-Ativo”, cujas faixas são inspiradas nos elementos químicos radioativos.

O objetivo do curso é apresentar uma perspectiva histórica, analítica e crítica da Música Eletroacústica, possibilitando um melhor entendimento do uso de recursos eletrônicos e computacionais na música.

Os primeiros concertos do Festival acontecem na quarta-feira (19). A banda Brasuca faz o concerto de abertura, ao meio-dia. Em seguida, o multiinstrumentista potiguar Jubileu Filho se apresenta às 18 horas, e o guitarrista, arranjador e compositor cearense

Cristiano Pinho e banda tocam às 19h30min. A noite do primeiro dia será encerrada por Antonio José Forte, compositor e pianista cearense de formação erudita, que se apresentará ao lado de Carlinhos Ferreira (clarinete) e Nilton Fiore (percussão).

Ensaios abertos

Para permitir uma maior interação entre o artista e o público e possibilitar a este uma oportunidade de aprendizagem informal, as passagens de som e os ensaios dos artistas serão abertos ao público.

O programa de debates Troca de Idéias começa na sexta-feira (21) com a discussão do tema “O exercício da profissão de músico”. A proposta é promover a participação de representantes de várias entidades relacionadas ao desenvolvimento da profissão de músico, construindo pontes entre saberes diversos, porém interinfluentes.

O objetivo é gerar uma agenda de compromissos convergente para o exercício cada vez mais digno e responsável da atividade musical – seja no palco, na criação, na produção e na distribuição do trabalho, seja nas casas de espetáculos e nos órgãos legalmente representativos da profissão –, contribuindo assim para alçá-la ao seu devido patamar de importância social e econômica.

Ritmos afro-brasileiros

Encerrando as atividades do Festival no dia 31, acontecerá uma oficina de vivência e pesquisa de ritmos religiosos afro-brasileiros e a sua influência na cultura popular nordestina, a partir das 19 horas. A oficina será ministrada pelo percussionista Wilson Santos e alguns integrantes da Orquestra de Tambores de Alagoas, reunindo um grupo formado pelo projeto social Cidadão de Futuro.

A oficina também possibilitará aos participantes oportunidades de improvisação e apreciação musical, além de noções básicas sobre a confecção de instrumentos utilizados pela Orquestra.

Fonte: Comunique-se