Para Amorim, ataque de Israel ao Líbano afeta diretamente o Brasil

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta quarta-feira (19) que os ataques de Israel ao Líbano têm um aspecto político diferente de outros incidentes em que brasileiros foram afetados. Além de chamar a agressão de “tragédia” e “motivo

O ministro não apontou culpados ou inocentes em relação ao Hezbolá e a Israel, mas destacou: “Hoje nós temos uma reação [israelense] que é totalmente desproporcional, que atinge populações civis e que está atingindo brasileiros”.



Embaixadora de Israel, convidada, não vem



Segundo Amorim, a embaixadora de Israel, Tzipora Rimon, já foi convidada duas vezes a ir ao Itamaraty para conversar. E será novamente convidada quinta-feira (20). Para o ministro, Israel deveria garantir a segurança dos brasileiros que desejam deixar a região de conflito. “O que Israel tem que fazer é, por exemplo, se nós tivermos um comboio que vá se deslocar por uma determinada estrada, nós termos certeza de que aquele comboio não será atingido por algum tipo de bombardeio – que não se transforme num mero dano colateral, numa ação  desproporcional, numa ação violenta”, explicou.



O ministro informou que a comunidade libanesa sugeriu, entre outras medidas, que os brasileiros fossem retirados do Líbano em navios: “Nós não temos uma frota de aviões que possa transportar todos. Estamos fazendo o que podemos. O que o governo brasileiro puder fazer, ele fará”, afirmou.



Amorim acrescentou que já foram solicitados mais recursos para os planos de resgate de brasileiros. Ele não descartou a possibilidade de pedir ajuda às Nações Unidas e a outros países que “tenham influência sobre Israel”.