Fim do superávit vem aí; e a notícia não é má

Analistas dizem que a situação atual das transações correntes é atípica e preferem um pequeno déficit. O longo período de superávits consecutivos na conta de transações correntes – iniciado em junho de 2003 – está prestes a terminar. Já em 2007, o país de

Esse déficit significará que a economia brasileira terá de buscar capitais no exterior para se financiar – e não o contrário, como quando há superávit. Se o déficit for resultado da importação de bens de capital e isso for aliado a ajustes internos o quadro tende a potencializar o crescimento econômico.



“Ter um déficit modesto é o ideal porque, em condições normais de temperatura e pressão, os países pobres devem receber poupança externa, e não exportá-la”, diz o diretor-executivo da Fitch Ratings para o Brasil, Rafael Guedes. Ressalta que nos últimos anos o País viveu um momento atípico, com superávits em conta corrente de 1% a 2% do PIB. Para 2006, a projeção da agência de classificação de risco ainda é de superávit no patamar de 1%.



Zeina Latif, economista-chefe do banco ABN Amro Real, mostra que a reversão da participação das exportações líquidas (saldo de exportações, importações e serviços) na formação do PIB já vem ocorrendo. Para este ano, projeta, esse percentual deve ser negativo em 0,5%.



Fonte: Gazeta Mercantil