Juro cobrado por bancos é o menor desde 1995

O gráfico ao lado mostra a evolução das taxas cobradas em empréstimos à pessoa física, mês a mês. Em junho último, houve redução nas taxas de empréstimos cobradas para aquisição de bens variados como, por exemplo, eletroeletrônicos, de 0,6 ponto percentual. O juro médio cobrado nessas operações saiu de 58,1% para 57,5%. Para aquisição de veículos, o custo médio do empréstimo permaneceu inalterado, em 33,3%, em relação a maio.

Já a taxa para pessoas jurídicas, que caiu para 28,8% ao ano, ficou em seu menor nível desde agosto de 2004. Na média, a taxa cobrada pelos bancos foi de  43,2% ao ano, o patamar mais baixo desde março de 2001, quando estavam em 42% anuais.”Isso já vem se dando há algum tempo. O processo é de consolidação (da queda das taxas)”, afirmou a jornalistas o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

No caso das pessoas físicas, além de buscarem as modalidades mais baratas de crédito, houve uma melhora da massa salarial –o que faz com que as pessoas dependam menos do financiamento bancário, citou Altamir Lopes.

O spread, ou ganho dos bancos com a diferença entre as taxas de aplicação e de captação, cedeu 0,5 ponto, passando de 28,5% para 28,0%, também considerando a média das três modalidades de juros para financiamento. Este é o menor nível desde abril de 2005, quando ficou em 27,7%.

O relatório do BC apontou ainda que o volume total de crédito aumentou 0,7% frente ao mês anterior, alcançando R$ 658,9 bilhões  — o equivalente a 32,4% do Produto Interno Bruto (PIB). “O desempenho mensal refletiu o aumento de 0,8% nos empréstimos destinados às pessoas físicas… conjugado com o incremento de 0,9% nas carteiras de pessoas jurídicas”, detalhou o BC.

Com agências