Pesquisa Valor: 68% dos eleitores priorizam a educação

Em pesquisa do jornal Valor Econômico desta quinta-feira (27) onde 68% apontam “melhorar a educação” como uma das duas principais ações para o próximo presidente combater a pobreza. O índice explica por que o tema é tão lembrado pelos presidenciá

Depois de “melhorar a educação”, a opção que mais pontuou foi “aumento do salário mínimo”, com 38%. “Programas de transferência de renda como o Bolsa Família” foram a quinta opção mais lembrada, com 19%.



As mil entrevistas foram feitas no dia 25 de julho. A pesquisa representa o universo dos eleitores com acesso à rede telefônica em casa ou no local de trabalho, o que representa uma distorção em relação ao eleitorado. A margem de erro é de 3,2% para mais e para menos.



Diferenciações, do mínimo à pena de morte



As respostas nem sempre se distribuiram uniformemente entre os eleitores de cada candidato. “Aumento do salário mínimo”teve 45% de menções entre os que votam Lula e 34% nos eçeitores pró-Alckmin.”Incentivo às micro e pequenas empresas”, escolhido como fórmula para a geração de empregos por 25% dos lulistas e 20% dos alckmistas. “Programas de controle de natalidade”, teve menções de 24% dos favoráveis ao tucano e 16% entre os lulistas.



A proposta da pena de morte dividiu os entrevistados: 48% dos pesquisados são a favor e 44% contra. Mais uma vez a distribuição não é uniforme, com os eleitores de Alckmin majoritariamente favoráveis à pena capital e os de Lula contrários.”A parcela maior de eleitores de Alckmin favoráveis à pena de morte certamente está relacionada com a sua prevalência entre os com maior poder aquisitivo”, comentou o presidente do Conselho Científico do Ipespe, o sociólogo Antonio Lavareda.


 


Para 74% a economia melhorou



Lula tem rejeição de 36% na pesquisa. Destes, 30% afirmam que não votariam nele porque Lula “administra mal”, “está fazendo um mau governo” ou “não fez nada de bom”. Seguem-se os que rejeitam o presidente por ele ser do PT (16%), porque se declaram decepcionados (12%) e os que apontam corrupção no governo (11%). Alckmin tem 26% de rejeição, um quarto desta com o argumento de que “não foi bom governador”.



Lavareda comentou que “a avaliação da situação econômica permanece muito boa”: o questionário mostra que 73% dos pesquisados afirmaram que a sua situação financeira pessoal hoje está melhor do que há quatro anos; 74% declaram que a situação econômica do país melhorou ou ficou igual. “Por si só isto deveria ser suficiente para reeleger Lula. A maior parte da rejeição dele se deve aos acontecimentos que se tornaram públicos no ano de 2005, sobre mensalão e assuntos correlatos”, disse o sociólogo.



Fonte: Valor Online