Dilma defende CGU por divulgar dados dos sanguessugas

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu hoje (28) a divulgação de dados da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a máfia do superfaturamento na ambulâncias, pelos chamados sanguessugas. O relatório desagradou a oposição, pois mostra qu

A ministra ressaltou que a base das investigações sobre as fraudes dos sanguessugas com recursos públicos  surgiu na CGU. “Eu acho estranho alguém supor que o dado da CGU não possa ser divulgado. Ela é a origem. Se desagrada a alguns, problema deles”, afirmou.



“Disputa política”



“O que não está certo é transformar uma operação de governo, que foi a Operação Sanguessuga (da Polícia Federal), em algo que seja objeto de disputa política. O que nós fizemos foi restaurar a verdade do fato. Nós não pretendemos fazer disputa nenhuma. As estatísticas não são estimativas. Elas são os números existentes hoje e isto que há de comprometimento”, acrescentou.



Na quarta-feira (26), os ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos,  da Controladoria CGU, Jorge Hage. Mostraram estatísticas indicando que, das 891 licitações ganhas entre 2000 e 2004 pela Planam, com “fortíssimos indícios de fraudes” reveladas no Escândalo dos Sanguessugas, 671 (74,7%) ocorreram no governo Fernando henrique Cardoso.



A coletiva serviu também para divulgar uma lista dos parlamentares com seis emendas ou mais com fornecimento pela Planam, indicando a filiação partidária e o número de emendas que cada um fez (veja mais em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=5643).



Oposicionistas pró e econtra



O sub-relator de Sistematização da CPI dos Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), informou que a comissão não notificar os quatro parlamentares citados pela Controladoria-Geral da União (CGU). De acordo com o deputado, os nomes citados não foram investigados e, além disso, não há indício de irregularidade – nem na CGU nem na CPMI – com relação a eles.



A iniciativa despertou reação do vice-presidente da CPI, o também oposicionista deputado Raul Jungmann (PPS-PE). “O meu interesse é levar a crise até o limite. Não me interessa se começou no governo Lula ou no governo Fernando Henrique Cardoso. Eu não vou parar no meio do caminho porque quero mostrar para toda a sociedade essa putrefação e essa metástase até o fim”, garantiu Jungmann.



Veja os 33 nomes



A Controladoria Geral da União enviou à CPI dos Sanguessugas a relação dos 33 parlamentares, e ex-parlamentares, que mais apresentaram emendas que beneficiaram a Planam, empresa acusada de chefiar a “máfia das ambulâncias”.



Confira a lista:



Renildo Leal (PTB-BA) – 25 emendas
João Caldas (PL-AL) -23 emendas
Nilton Capixaba (PTB-RO) – 22 emendas
Cabo Júlio (PMDB-MG) – 21 emendas
Paulo Baltazar (PSB-RJ) – 20 emendas
Dino Fernandes (PP-RJ) – 17 emendas
Pastor Amarildo (PSC-TO) – 17 emendas
Basílio Villani (PSDB-PR) – 16 emendas
Lino Rossi (PP-MT) – 16 emendas
José Carlos Martinez (PTB-PR/falecido) – 15 emendas
José Carlos Elias (PTB-ES) – 13 emendas
Santos Filho (PFL-PR) – 12 emendas
Luis Eduardo (PPB-RJ) – 12 emendas
Wagner Salustiano (PPB-SP) – 12 emendas
Benedito Dias (PP-AP) – 11 emendas
Fernando Gonçalves (PTB-RJ) – 11 emendas
Ricarte de Freitas (PTB-MT) – 11 emendas
Ney Suassuna (PMDB-PB) – 10 emendas
Íris Simões (PTB-PR) – 10 emendas
Almerinda de Carvalho (PMDB-RJ) – 9 emendas
Reginaldo Germano (PP-BA) – 9 emendas
Paulo Feijó (PSDB-RJ) – 9 emendas
Josué Bengtson (PTB-PA) – 9 emendas
Celcita Pinheiro (PFL-MT) – 8 emendas
João Almeida (PSDB-BA) – 8 emendas
João Grandão (PT-MS) – 8 emendas
Paulo Magalhães (PFL-BA) – 7 emendas
Caio Riela (PTB-RS) – 7 emendas
José Carlos Júnior (não identificado) – 6 emendas
Bispo Wanderval (PL-SP) – 6 emendas
Pastor Valdeci Paiva (PSL-RJ) – 6 emendas
Eduardo Seabra (PTB-AP) – 6 emendas
Vicente Caropreso (PSDB-SC) – 6 emendas.


 


Com agências e Senado Federal