PT condena terrorismo de Estado contra civis no Líbano

Interromper já esta guerra criminosa

O bombardeio de um prédio de três andares, matando 63 pessoas, entre as quais 32 crianças, é a mais recente e terrível confirmação de que a guerra movida, contra o Líbano, pelo exército de Israel, constitui uma guerra criminosa, um ato de terrorismo de Estado.

Os ataques do exército de Israel causaram mais de setecentas mortes, destruíram grande parte da infra-estrutura do Líbano e forçaram o deslocamento de pelo menos 500 mil habitantes. Entre os mortos, há sete brasileiros, três deles crianças.

Não aceitamos a “justificativa”apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e para conseguir a libertação de soldados seqüestrados pela milícia Hizbollah.

Atentados contra soldados não podem ser respondidas através de ações contra civis, pessoas que nem ao menos se encontravam na zona original de conflito. A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista: Lídice e Guernica são dois exemplos disso.
O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU. Antes de iniciar os ataques contra o Líbano, o exército de Israel atacou a Faixa de Gaza e seqüestrou integrantes do governo Palestino. Agora, ataca e viola o território de uma nação soberana, desrespeitando o direito internacional.

A potência militar, a arrogância e a violência dos ataques do exército de Israel dependem diretamente do apoio que recebem do governo norte-americano, cujo objetivo final é manter sob controle uma região produtora de petróleo.

Embora diga apoiar Israel para “combater o terrorismo”, a administração Bush colherá o oposto do pretendido, pois a brutal violência dos ataques terá como resultado alimentar as fileiras de todas as organizações que lutam contra os EUA e seus aliados.

Os ataques de Israel aumentam a tensão em todo o Oriente Médio e exigem uma reação mundial, pela imediata interrupção dos atos de guerra.

O governo brasileiro repudiou os ataques israelenses, reiterou sua posição de condenar “os atos de violência indiscriminada e o uso de força militar contra alvos civis por quem quer que seja” e apelou por um cessar-fogo imediato.

O Partido dos Trabalhadores, também contrário ao uso de força militar contra alvos civis por quem quer que seja, soma sua voz à condenação dos ataques que estão sendo perpetrados pelas forças armadas de Israel contra o Líbano e o território palestino da Faixa de Gaza, engrossando as manifestações contra a guerra e pela paz que estão sendo organizadas em todo o Brasil e no mundo.

Valter Pomar
Secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores