Rússia: 211 obras-primas desaparecem do Museu Hermitage

O Hermitage, um dos museus mais ricos e famosos do mundo, teve 211 obras-primas furtadas de sua joalheria. O crime ocorreu em “circunstâncias misteriosas”, conforme anunciou, nesta segunda-feira (31/7), o departamento de imprensa da organização.

“Há muitas coisas estranhas neste caso. Um funcionário que trabalhava na coleção morreu de repente no local de trabalho no início da inspeção”, explicou uma fonte do serviço de imprensa, sem dar maiores detalhes. “Os outros supervisores descobriram o desaparecimento das jóias ao prosseguir com a inspeção”.


 


O sumiço das jóias, principalmente esmaltes, foi descoberto durante uma inspeção de rotina programada pelo Ministério da Cultura. Esse processo se destina a catalogar a coleção do museu de São Petersburgo, a antiga capital dos czares, ao noroeste da Rússia.


 


Em nota, o Hermitage explicou que “a maioria das peças desaparecidas estava no departamento russo do edifício”. Estima-se que o prejuízo seja de 130 milhões de rublos (cerca de R$ 10,87 milhões). As autoridades abriram uma investigação para esclarecer as circunstâncias do desaparecimento das peças e tentar recuperá-las.


 


Fundado em 1764 pela imperatriz Catarina 2ª, o Hermitage é uma pinacoteca (museu especializado em pintura) com acervo de mais de 3 milhões de peças. Suas dependências serviram de locação para o filme Arca Russa (2002), em que um fantasma apresenta obras de arte e conta a história do país.


 


O complexo Hermitage, instalado no Palácio de Inverno, residência dos imperadores russos, inclui os edifícios do Pequeno Hermitage, o Grande Hermitage, o Teatro Hermitage e o Novo Hermitage.