China supera Brasil como exportadora de manufaturados na AL

O Brasil também cresceu a participação, mas foi ultrapassado. A fatia dos brasileiros subiu de 5,3% em 1990 para 6,5% em 2004, segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Fator Mercosul

A China é hoje uma importante consumidora de commodities que a América Latina oferece com fartura. Por outro lado, os chineses vendem manufaturados, que os países latino-americanos, com exceção do Brasil e do México, praticamente não têm condições de produzir.

A exportação de commodities praticamente fez surgir uma nova rota de navios, que vão da América do Sul para a China. É natural que empresas e armadores busquem reduzir seus custos, carregando os navios de produtos chineses na viagem de volta.
A  invasão chinesa é mais intensa nos países mais abertos da América Latina: México e Chile. As duas nações possuem acordos de livre comércio com muitas regiões, o que intensifica a competição.

No Mercosul, os manufaturados brasileiros são beneficiados porque não pagam tarifa de importação. Com essa vantagem, o domínio nos mercados de Argentina, Uruguai e Paraguai ainda é muito expressivo. O Brasil respondeu por 23% das importações desses países em 2004. Lentamente, a China ganha espaço. Sua fatia nas importações do Mercosul, incluindo o Brasil, subiu de 1% para 7%.

Com informações do Valor Econômico