Estado indiano de Kerala bane Pepsi e Coca-Cola

Kerala, Estado governado pelo Partido Comunista da Índia (Marxista), é o primeiro do país a proibir a fabricação e a venda, enquanto o vizinho Karnataka baniu a venda dos produtos de escolas, universidades e hospitais.

“Existem vários estudos que provam que essas bebidas contêm certos ingredientes que são prejudiciais ao corpo humano”, declarou V. S. Achuthanandan, governador do Estado, após uma reunião convocada para discutir a questão entre autoridades estaduais.

Os representantes da Coca-Cola e da PepsiCO não foram encontrados pela reportagem da emissora catariana al-Jazira para comentar a decisão.

Na semana passada, o Centro de Ciência e Meio Ambiente de Nova Delhi disse que havia descoberto resíduos de pesticida em amostras de Coca-Cola e Pepsi em quantidades 24 vezes superiores aos padrões estabelecidos pelo governo da Índia.

O Centro revelou que testes em 57 amostras tomadas de 11 refrigerantes fabricados pela Coca-Cola e pela Pepsi revelaram que havia neles “um coquetel de três ou quatro diferentes pesticidas”.

Os cientistas acreditam que os resíduos químicos contaminaram os refrigerantes por meio da água utilizada na sua fabricação.

Ontem (8/8), a PepsiCo publicou vários anúncios nos principais jornais indianos afirmando que a empresa seguia rigorosamente os padrões estabelecidos pelo governo hindu, dizendo também que “a presença de resíduos de pesticidas nas bebidas é minúscula”. A empresa também disse que é comum que alimentos tenham resíduos de pesticidas, comumente utilizados pelos fazendeiros.

“Nossos produtos na Índia são saudáveis para qualquer um, em qualquer lugar”, diz uma declaração da PepsiCo no anúncio. “Nós tomamos Pepsi. Repartimos o refrigerante com nossas famílias e nossos amigos. E nós sabemos que eles são seguros para você”, alardeia. Mas os testes científicos desmentem a propaganda.