Polícia britânica fecha aeroportos do Reino Unido

O objetivo de um suposto plano para explodir aviões partindo do Reino Unido era “cometer assassinatos em massa”, disse o vice-chefe da polícia londrina, comissário Paul Stephenson. Durante esta madrugada, a Scotland Yard prendeu 25 pessoas nas cidades de Londres, Thames Valley e Birmingham, suspeitas pela polícia de tramarem a queda dos aviões. Dos presos, 21 permanecem sob custódia, informou o comissário.

Segundo a mídia britânica, os ataques ocorreriam nas aeronaves destinados aos Estados Unidos partindo que partiriam dos aeroportos londrinos. Depois da notícia, os americanos também reforçaram a segurança de seus aeroportos.

O governo britânico elevou o alerta de ataques terroristas de “severo” para “grave”, o mais alto possível – o que significaria que os supostos ataques estariam próximos de acontecer. A notícia levou a medidas reforçadas de segurança nos aeroportos britânicos.

Mamadeira explosiva

Os passageiros que embarcam em todos os vôos no Reino Unido estão proibidos de transportar líquidos e todos os pertences de mão só podem ser conduzidos em sacolas plásticas transparentes.

Em Londres e nos Estados Unidos – onde não há proibição de bagagem de mão – também é proibido embarcar com líquidos de qualquer natureza, incluindo bebidas, loções e gel de cabelo. Passageiros embarcando com crianças de colo em Londres são obrigados a provar o leite que levam, diante de policiais.

Seguindo ordens da Autoridade Britânica de Aeroportos (BAA, na sigla em inglês), os aeroportos de Heathrow – pelo qual passam mais de 180 mil passageiros por dia – e Gatwick suspenderam todos os seus vôos.

No aeroporto de Stansted, os passageiros enfrentam atrasos de mais de três horas. Há cinco aeroportos que atendem a demanda de Londres – Luton e o London City Airport também foram afetados por atrasos e aumento na segurança. O aeroporto de Bruxelas anunciou que todos os seus vôos para Londres estão suspensos.

Bomba líquida

Para a emissora britânica BBC, as medidas sugerem que algum explosivo ou combustível líquido fazia parte do “plano” extremista. “O plano incluiria até nove ataques a serem tentados pelos extremistas nas próximas duas semanas”, conta a empresa britânica de mídia.

Em férias, o primeiro-ministro Tony Blair não foi localizado e o governo, lacônicamente, informou que o primeiro-ministro “está permanentemente ao alcance”.