Petrobras resiste a aceitar novo preço para gás boliviano

O diretor e gás e energia da Petrobras, Ildo Sauer, reiterou nesta quarta-feira (16) que a empresa não está disposta a aceitar aumentos no preço do gás boliviano.  “Se fosse para ceder, tinha cedido logo”, afirmou Sauer. Ontem, o ministro de Hidrocar

“Achamos que o contrato está equilibrado”, disse Sauer. “Quando começamos a importar, em 1999, o gás custava US$ 1 por milhão de BTU [sigla em inglês de Unidade Térmica Britânica] e já remunerava o investimento. Agora, custando US$ 4, continua remunerando”, agregou.



Os bolivianos argumentam que o preço internacional médio é de US$ 7,50 por milhão de BTU. E que a Argentina, que também compra gás da Bolívia, aceitou desde junho um aumento US$ 3,35 para US$ 5 por milhão de BTU. As negociações se abriram depois de 1º de maio último, quando o presidente Evo Morales, cumprindo compromisso de campanha, proclamou a nacionalização da indústria de petróleo e gás, principal riqueza nacional da Bolívia.



Arbitragem prevista é em NY



Segundo Ildo Sauer, a Petrobras vai continuar ouvindo os argumentos bolivianos. Mas o negociador brasileiro não se mostrou disposto a transigir. “A novidade com relação à Bolívia e que não há novidade”, comentou.



Sauer evitou comentar as declarações de Solíz Rada sobre uma arbitragem internacional. “Respeito as declarações deles, mas não negociamos pela imprensa”, afirmou, em  entrevista após participar da abertura do 11º Congresso Brasileiro de Energia, no Rio.



“A arbitragem é um recurso da parte que se sente insatisfeita, no momento não estamos vendo nada disso”, declarou ainda o executivo da Petrobras. O acordo de 1999 prevê a arbitragem por uma corte em Nova York, no caso de desacordo entre as partes.



Com agências