Pentágono revela que resistência iraquiana ampliou ataques

Dados compilados pelo Exército americano em Bagdá e revelados nesta quinta-feira pelo jornal americano The New York Times mostram que os ataques às forças de ocupação americanas e às forças de segurança locais aumentaram 80% entre janeiro e julho

Para o jornal, este é um indicativo de que a resistência contra a ocupação “continua a ganhar força” no Iraque. O New York Times observa que os ataques aumentaram “apesar da morte do líder da rede al-Qaida” no país, Abu Musab al-Zarqawi.


 


Aumenta número de feridos


 


As estatísticas ignoram a violência conduzida entre xiitas e sunitas, que continua acontecendo ocorrendo em larga escala, para concentrar-se no número de bombas colocadas à beira de estradas, estratégia de efeito mais letal usada pela resistência.


 


De um total de 2.625 bombas em julho, 1.666 explodiram e 959 foram descobertas antes de serem detonadas, disseram as autoridades. Em janeiro, 1.454 bombas foram detonadas ou descobertas.


 


Como resultado, embora o número de soldados americanos mortos em ação tenha sido levemente menor em julho em relação a janeiro (38 e 42, respectivamente), o número de feridos aumentou significativamente: de 287 para 518 no mesmo período.


 


Esquadrões da morte


 


O outro lado da violência crescente são os atentados de cunho religioso nas diversas partes do país. Nesta quinta-feira, mais um carro-bomba foi detonado em um mercado no bairro de Sader, um distrito xiita da capital iraquiana, Bagdá.


 


O local vem sendo alvo de freqüentes ataques. Em outro incidente, a polícia anunciou ter descoberto no rio Tigre os corpos de cinco civis. Eles estavam vendados e cravados de balas.


 


Outros atentados a bomba e assassinatos se multiplicam pelo país. A resistência atribui os atentados e as mortes à esquadrões da morte, supostamente criados por iraquianos ligados às forças de ocupação e ao governo, no intuito de instalar uma guerra civil e fracionar o país.