Primeiro-ministro sueco renuncia depois de derrota nas urnas

O governo de Goran Persson é o primeiro social-democrata a cair na Suécia desde a Segunda Guerra Mundial, em meio a um período de grande crescimento econômico.

Persson renunciou nesta segunda-feira (18/9), um dia depois da derrota dos social-democratas para uma coalizão de centro-direita nas eleições gerais do fim de semana.


 


A derrota nas urnas coloca fim a uma era de 12 anos na qual o governo social-democrata sueco demonstrou ao mundo que seu sistema de bem-estar social é capaz de alavancar um vigoroso crescimento econômico.


 


Durante a campanha, a aliança de centro-direita prometeu “ajustar” o programa de bem-estar social da Suécia, mas alguns analistas acreditam que a plataforma de baixos impostos e a destruição paulatina das leis que protegem os direitos trabalhistas fatalmente conduzirão a uma política econômica neoliberal.


 



Apesar do vigoroso crescimento econômico do país, os eleitores suecos aplicaram nas urnas o mais duro golpe ao Partido Social Democrata desde 1914.


 


O principal vencedor do pleito é  Fredrik Reinfeldt, o primeiro-ministro designado do conservador  Partido Moderado, que recuperou-se dos fracos resultados de 2002 e terá sua maior bancada no Parlamento desde 1928.


 


Na campanha, Persson vinha denunciando os moderados por serme como lobos em pele de cordeiro, pois estariam escondem-se atrás de um discurso mais brando para desmantelar o sistema de bem-estar social e beneficiar a parcela  rica da população.


 



O governo de Persson é a primeira administração social-democrata a cair na Suécia desde a Segunda Guerra Mundial em meio a um período de grande crescimento econômico.


 



A economia da Suécia cresceu 5% no segundo trimestre de 2006, bem acima da média de 2,8% da União Européia (UE).


 


A coalizão liderada por Reinfeldt obteve 48,1% dos votos, contra 46,2% para os social-democratas e aliados.